A morte de Carlos Eduardo Rodrigues Ribeiro, de 44 anos, que estava internado em uma clínica de reabilitação em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, tem gerado indignação e revolta por parte da família e da sociedade em geral. A polícia está investigando o caso e a clínica em questão foi interditada pela Secretaria de Estado de Saúde por falta de regularização e condições sanitárias.
Carlos Eduardo estava internado na clínica há seis meses para tratar do alcoolismo e, segundo relatos da família, ele sofria constantemente com episódios de tortura por parte dos funcionários da instituição. A irmã de Carlos, Rosileia Rodrigues, em entrevista à TV Anhanguera, afirmou que as visitas eram permitidas apenas uma vez por mês e que, nessas ocasiões, Carlos relatava as agressões físicas e psicológicas que sofria, mas que ela achava que ele estava mentindo para sair e beber.
No dia 24 de abril, a família de Carlos entrou em contato com a clínica para saber notícias e foi emocionante de que ele havia falecido. Ao chegar ao local, uma irmã encontrou o irmão com diversos hematomas e sinais de asfixia, conforme constatado pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML). A família acredita que a morte de Carlos foi causada por episódios de tortura que ele sofria dentro da clínica.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que a clínica foi fiscalizada na terça-feira (2) e, por não estar regularizada, foi interditada pela equipe de fiscalização. Segundo a pasta, os pacientes que estavam no local devem ser retirados pelos familiares pela falta de condição sanitária do local.
A morte de Carlos Eduardo Rodrigues Ribeiro traz à tona a importância da regulamentação e fiscalização das clínicas de reabilitação e o cuidado com a saúde mental dos pacientes que buscam tratamento. A família de Carlos, assim como outras vítimas de violência e maus-tratos em clínicas de reabilitação, espera que haja justiça e que medidas sejam tomadas para evitar que outras pessoas sofram como ele sofreu.