Os comerciantes que trabalham na Feira Hippie, localizada no centro de Goiânia, terão um período de um mês para renovar suas permissões junto à Prefeitura. O anúncio oficial para esse processo será divulgado no Diário Oficial do Município (DOM) nesta semana. Aqueles que não passarem pela renovação perderão o direito de participar da feira.
De acordo com Diogo Franco, responsável pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os comerciantes terão entre 30 e 40 dias para regularizar sua situação. No entanto, a data exata do anúncio ainda não foi revelada pela Prefeitura. Além de manifestar interesse, os comerciantes precisarão atender a todos os requisitos do Código de Regulamentação e do decreto que governa a feira, para a renovação ser bem-sucedida.
Estima-se que haja cerca de 3,5 mil comerciantes atuando na Feira Hippie, dos quais aproximadamente 1,1 mil estão regularizados, 1,4 mil possuem protocolos e mil estão em situação irregular. A renovação dos comerciantes regularizados e daqueles com protocolos será feita simultaneamente.
A Sedec mantém um cadastro com cerca de 4,7 mil comerciantes regularizados, e todos serão convocados para a regularização. Já em relação aos comerciantes com protocolos, serão chamados apenas aqueles que fizeram a solicitação até 2021, quando havia aproximadamente 3,8 mil protocolos registrados na secretaria.
A configuração da feira tem sido objeto de discussão entre a administração municipal e os comerciantes. Os profissionais que trabalham na Quadra R, situada entre a Praça do Trabalhador e a área das paradas de ônibus da Rodoviária, recorreram à Justiça para evitar sua remoção, argumentando que poderiam perder um local privilegiado.
A Sedec argumenta que, com a revitalização da Praça do Trabalhador, não haverá espaços melhores ou piores, e que há uma ordem judicial determinando a remoção dos comerciantes da Quadra R.
A distribuição dos comerciantes na feira continua em debate, com a possibilidade de manter o mapa antigo do local ou realizar um sorteio para reorganizar as bancas. A Sedec está em diálogo com os representantes dos comerciantes para decidir que seja justa e benéfica para todos.
Desde que a feira retornou à Praça do Trabalhador em abril, após três anos e dez meses de obras de revitalização, os comerciantes se organizaram considerando o mapa antigo da feira. Aproximadamente 75% das barracas estão dispostas como antes, e não houve problemas. A proposta de alterações na configuração da feira gerou protestos por parte dos comerciantes.
As obras de revitalização da Praça do Trabalhador ainda não estão completamente concluídas, segundo os comerciantes, que relatam que as estruturas de alvenaria construídas, como as sedes de associações, órgãos municipais e banheiros públicos, não estão sendo utilizadas. Diogo Franco afirma que falta apenas uma ligação elétrica para finalizar as intervenções e que desejam liberar a estrutura completa de uma só vez para o uso dos comerciantes.
A Associação dos Comerciantes da Feira Hippie defende que a feira funcione não apenas aos sábados e domingos, mas também às sextas-feiras. Atualmente, as normas municipais permitem apenas o funcionamento nos finais de semana, embora em ocasiões anteriores tenha sido autorizada a operação nas sextas-feiras.
Os comerciantes argumentam que as sextas-feiras correspondem a cerca de 50% do seu faturamento e solicitam a abertura regular nesse dia. A Sedec está buscando estabelecer um diálogo com os representantes dos comerciantes para permitir o funcionamento nas sextas-feiras anteriores a feriados.