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Suspeita de matar ex-sogro teria agido fora do Brasil, afirma delegado

Vítima denunciou Amanda por crime semelhante na Europa; saiba outros crimes cometidos pela suspeita

Reprodução/Redes sociais Reprodução/Redes sociais

A suspeita de ter feito duas vítimas por envenenamento, Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, em Goiânia, teria tentado cometer o mesmo crime em Londres, conforme informações do delegado Carlos Alfama.

Carlos disse que um rapaz brasileiro, que mora em Londres, entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás para reportar a tentativa de um crime semelhante de Amanda contra ele.

"Acabei de receber a notícia de um crime em Londres. Ela [Amanda] manteve um relacionamento virtual com um rapaz em Londres, e passou a exigir dinheiro dele. Quando ele parou de mandar, ela mandou um chocolate que ele disse que não comeu", afirmou o delegado.

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Ameaças à família

Amanda foi detida na quarta-feira, 20, após as investigações da Polícia Civil a apontarem como principal suspeita de ter matado Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele Luzia Tereza Alves, de 86, por envenenamento no último domingo, 17.

O delegado afirma que Amanda teve um relacionamento de um mês e meio com o filho de Leonardo. Os dois terminaram o namoro em julho deste ano e, desde então, o ex-namorado dela vinha recebendo ameaças.

"Ele recebeu ameaça por perfis falsos nas redes sociais, por ligações, mensagens de SMS. A Polícia Civil diligenciou junto ao Instagram, a empresa Meta, responsável pelo Instagram, descobrindo que quem usava essas contas falsas", disse.

Embora Amanda ameaçasse, a família não sabia que se tratava dela justamente pelo fato de ela usar o programa.

Carlos explica que o ID era da casa, o e-mail de recuperação de conta e o telefone de recuperação eram de Amanda. Além disso, ela teria cadastrado o nome do irmão nos diferentes números pelos quais fazia ameaças.

"Estes números eram gerados por meio do programa VoIP, de mascaramento. Então quebramos essa barreira do mascaramento e chegamos no número original, cadastrado no nome do irmão da Amanda. No programa utilizado, o e-mail de cadastro era da Amanda e o telefone da Amanda também, então ela colocou o telefone no nome do irmão, mas foi ela que cadastrou o mascaramento, ela que usava esse telefone", afirmou Carlos.

O delegado alega também que já possui denúncias contra Amanda nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Goiás. Em Itumbiara, ela é alvo de denúncias pelos crimes de aliciamento de menores, de 10 a 16 anos, para práticas sexuais e consumo de bebidas alcoólicas, e estelionato.

Falsa gravidez

A Polícia Civil realizou exames de gravidez em Amanda, que acusaram negativo. O delegado disse que ela fingiu estar grávida de 17 semanas e que, durante seu interrogatório, ela pediu para ir ao banheiro vomitar. No entanto, o delegado pediu para que ela o fizesse em uma lixeira em sua frente. Segundo ele, ela fingiu vômito e cuspiu dentro do lixo.

Além disso, ela também é suspeita de ter fingido estar grávida para benefício próprio. “Há denúncias de crimes de estelionato, onde a Amanda fingiu a gestação para tirar proveito financeiro. Depois da divulgação desse crime, surgiram diversas denúncias envolvendo práticas criminosas da suspeita. Uma delas é de ela dissemina notícias falsas de um órgão onde ela trabalhou”, disse o delegado.

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