O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrou uma operação na manhã desta terça-feira (23/07) a operação Mossad que tem como alvo um grupo suspeito de desviar recursos públicos entre 2012 a 2016 da cidade de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, à 280 quilômetros de Goiânia. As investigações do órgão constataram que o desvio teria acarretado um prejuízo de mais de R$ 9 milhões ao município.
Desenvolvida em conjunto com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), a ação já cumpriu quatro de mandados de busca e apreensão nas casas dos ex-secretários de administração Rodrigo Melo da Natividade, Abílio de Siqueira Filho, Marcelo Pedro Ribeiro de Magalhães e também na residência da ex-gestora do Fundo Próprio de Previdência Thaís Cardoso Martins.
Ainda segundo as investigações, os desvios ocorriam por meio de gastos fraudulentos de 1440 copos descartáveis por dia. Além dos gastos com copos, as fraudes ocorriam quando fingiam fingiam pedir 7 toners de impressora, 10 rolos de papel higiênico e cinco vassouras. Tudo pedido para um dia de 2012 até 2016.
Segundo informações do MP-GO, Thaís e o Abílio já eram alvos da operação Miquéias, realizada pela Polícia Federal (PF), também em combate a improbidade administrativa. Até o momento, a defesa dos acusados ainda não se pronunciaram sobre os acontecimentos da operação.
Por meio de comunicado enviado pela assessoria da prefeitura de Formosa, a gestão está colaborando com as investigações, mas não irá se pronunciar sobre o caso pois os desvios não possuem ligação com a gestão atual.
Operação Mossad
A operação recebeu o nome de Mossad devido ao serviço de inteligência e operações especiais de Israel, considerado um dos mais eficientes e temidos do mundo. Ele foi responsável por centenas de operações, dentre elas a captura do oficial nazista Adolf Eichmann na Argentina para ser julgado em Jerusalém na década de 60.