Nesta quarta-feira (7/10), as cientistas Jennifer Doudna, francesa, 51 anos, e Emmanuelle Charpentier, americana, 56 anos, ganharam o Prêmio Nobel de Química de 2020 por inventarem a técnica CRISPR/Cas9.
Essa técnica de edição de DNA se tornou popular entre biólogos moleculares para alterar o código genético de seres vivos. Criada no ano de 2012, a técnica CRISPR repercurtiu em 2015 e já foi utilizada por pesquisadores para criar cães extramusculosos, porcos que não contraem viroses, amendoins antialérgicos e trigo resistente a pragas. Conhecida por ser um método simples e barato, trouxe também expectativas para a cura de doenças importantes, como o Alzheimer e o câncer.
Segundo o comitê do Nobel, a tecnologia "revolucionou as ciências moleculares da vida, trouxeram novas oportunidades para cultivo de plantas, contribuiu com terapias inovadoras contra o câncer e tornou real a esperança de curar doenças hereditárias".
As cientistas, Jennifer e Emmanuelle, se tornaram a primeira dupla feminina a ganhar o Prêmio Nobel de Química na história. As vencedoras dividirão o valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões).