Por Kimberlly de Melo
Uma pesquisa publicada no Jornal acadêmico Polar Research nesta quarta-feira (20), mostrou que durante o período Cretáceo – último período da era Mesozóica - há 75 milhões de anos, a Antártida já enfrentava incêndios naturais, pois ela não tinha somente florestas na região.
De acordo com dados coletados, o continente antártico nem sempre foi gelado. A explicação se dá após pesquisadores do projeto brasileiro Paleoantar encontrarem um pedaço de madeira carbonizada em uma expedição no continente em 2016.
Nesta época os pesquisadores estavam explorando a formação de Santa Marta, localizado no nordeste da ilha de James Ross, quando se depararam com registro fóssil. O fragmento que era uma lasca de árvore, estava totalmente queimado em seu exterior, porém mesmo com a madeira nestas condições os cientistas após análises laboratoriais descobriram que a lasca de árvore era da família Araucariaceae.
Fatores que podem desencadear incêndios naturais
Segundo a Superinteressante, queda de raios, combustão natural são alguns dos fatores que contribuem para desencadear incêndios naturais. No caso específico do registro fóssil encontrado em Santa Marta, os cientistas acreditam que o incêndio tenha sido causado pela erupção de vulcões. Situação que era muito comum na época.
Conforme estudos existia um supercontinente, há 200 milhões de anos, que unia a Antártida à outros continentes, e a movimentação dos mesmos ate as suas posições atuais favoreceram o aparecimento de grandes vulcões e incêndios.
“Precisamos de todas as informações possíveis sobre o que aconteceu no passado para poder lidar com as variações ambientais adversas que virão em um tempo não muito distante”, disse o pesquisador da Universidade Regional do Cariri, Antônio Álamo Saraiva.
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