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Ao contrário do que afirmam os especialistas, o presidente Jair Bolsonaro declarou em uma videoconferência no último domingo (12) que o vírus está 'indo embora' do país. Além disso, ele acrescentou que o desemprego está chegando com força.
Apesar dessa afirmação do presidente, de que haveria uma fraqueza da crise da saúde, foram registradas mais 99 mortes de sábado (11) para domingo pelo coronavírus no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
No Brasil, há pelo menos 22.169 casos confirmados e 1.223 mortes causadas pelo covid-19. A pasta prevê um pico entre o fim de abril e início de maio para os estados com mais índices de contaminação, e em junho para todo o país, de modo geral.
O relato de Bolsonaro contraria um artigo científico escrito por pesquisadores brasileiros e integrantes do Ministério da Saúde publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. O artigo define que a crise deve se estender até meados de setembro.
Os autores justificam que com a chegada do outono e do inverno, o índice de doenças respiratórias aumentam. Os pesquisadores são da Universidade Federal do Mato Grosso, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade do Estado do Amazonas, Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado e profissionais do Ministério da Saúde.
Durante a transmissão realizada, Bolsonaro afirmou que o Brasil tem o vírus e o desemprego como dois problemas para enfrentar.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou pandemia no Brasil em março e afirma que há infecções confirmadas em todas as unidades da federação. Mesmo assim o presidente age na contramão do que dizem as autoridades sanitárias, visitando locais públicos promovendo aglomerações e cumprimentando apoiadores.
O presidente defende o isolamento somente para pessoas idosas, diabéticas ou hipertensas. No entanto, a OMS e o ministério orienta um isolamento geral para evitar o colapso do sistema de saúde público.
A mediação da videoconferência foi mediada por Iris Abravanel, esposa de Silvio Santos, do SBT. A live contou com a participação do pastor Silas Malafaia e o deputado Marco Feliciano.
*Com informações do O Popular
