Nesta terça-feira (12), as Américas atingiram 1,74 milhão de pessoas contaminadas por Covid-19, registrando mais casos de coronavírus que o continente europeu com 1,73 milhão de casos. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e contabilizam todos os casos confirmados registrados até a data de ontem (11).
O número expressivo é composto em grande parte pelos Estados Unidos, que é o atual epicentro da pandemia, e pelo Brasil, que têm registrado aceleramento na curva de transmissão e aumento nos óbitos provocados pela doença. Seguido dos EUA está o Canadá, segundo país norte-americano com mais casos e o terceiro de toda América.
Durante uma entrevista coletiva a porta-voz da OMS Margaret Harris, descreveu o cenário atual da pandemia, “as Américas estão certamente dirigindo a pandemia no mundo, com maior número de casos e mortes”, afirmou. De acordo com ela a América do Norte concentra os maiores números, e no estado de Nova York (EUA) está o epicentro global do coronavírus.
Brasil
O Brasil é o segundo país em números com a maior quantidade de casos confirmados da doença em toda América. Atrás apenas dos EUA, o país registra 168 mil confirmações e 11.519 mortes. Já os casos recuperados somam 69.232. Segundo as estatísticas o Brasil ainda não passou pelo seu pico.
Nelson Teich, atual ministro da Saúde afirmou que existe a possibilidade de lockdown regional, se o número de casos continuar aumentando na velocidade atual e descarta a possibilidade de flexibilização dos isolamentos sociais.
O presidente da Argentina – que regista um dos índices mais baixos de casos na América-, fez uma crítica ao governo brasileiro, “não acho que o governo brasileiro esteja encarando o problema com a seriedade que o caso requer”, afirmou Alberto Fernández. Ele aponta, "eu gosto muito do povo do Brasil, mas isso me preocupa muito porque pode vir para a Argentina”.
O Brasil ultrapassou o número de mortes da China, com o dobro de óbitos e está entre os dez países mais afetados segundo a OMS. O infectologista Natanael Adiwardana, atribui esses resultados à baixa adesão ao isolamento e na flexibilização das medidas de contenção no país, “vemos um grande risco da situação piorar pela frente", pontua.
Donald Trump também se manifestou sobre a situação do Brasil, “o presidente do Brasil é realmente um bom amigo meu, um ótimo homem, mas eles estão vivendo um momento muito difícil” e acrescentou sobre os números "eu odeio dizer, mas o Brasil está com gráfico muito, muito alto. Lá em cima, quase vertical".
*Com informações do Uol.