Segundo anúncio do Governo Federal neste sábado (27), o Brasil fechou um acordo para o desenvolvimento e acesso à vacina contra Covid-19. O acordo concluído com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca, confirma a compra de lotes da vacina e a transferência de tecnologia. "Se demonstrada eficácia serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira".
A vacina é desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, sendo considerada uma das mais promissoras no mundo. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O acordo será em duas etapas. Na primeira, haverá uma encomenda em que o Brasil assumirá também o risco da pesquisa. "Ou seja, será paga pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais". E, em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.
Conforme explicação do ministério da Saúde, na fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, estimada em US$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, no valor de US$ 30 milhões. Os dois lotes a serem disponibilizados a Fiocruz, de 15,2 milhões de doses cada, deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Se a vacina for segura e eficaz e tiver o registro no Brasil, serão mais 70 milhões de doses, no valor estimado em US$ 2,30 por dose. "O governo federal considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido a urgência pela busca de uma solução efetiva para a manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro", confirmou a pasta.
Com o acordo firmado o Brasil se coloca na liderança do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. A iniciativa, assim, não apenas garante que o produto esteja a disposição, mas dará autonomia brasileira na produção", destacou o ministro.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, que declarou neste sábado (27), se ficar demonstrada a eficácia da vacina contra Covid-19, grupos de pessoas vulneráveis e profissionais de saúde e segurança serão priorizados no acesso ao produto.
Testes
Segundo Medeiros, o desenvolvimento da vacina já está em uma etapa adiantada. "Essa vacina já está na fase 3, na fase clínica", justificou durante entrevista coletiva à imprensa em Brasília.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, também presente na entrevista, pontuou que no Brasil há seis vacinas em testes em fase pré-clínica e que todos estão sendo acompanhados pelo Ministério da Saúde. "Semana que vem, traremos muito mais informações envolvendo boas perspectivas", assegurou.
*Com informações do Terra.