Na próxima segunda-feira (6) as equipes conduzidas pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, concluem uma rota de municípios paulistas para reunião de participantes destinados à um estudo sobre o novo coronavírus. O objetivo é promover testes com os voluntários para um estudo clínico que busca investigar a eficiência da nitazoxanida para tratar a Covid-19, conforme informações da Agência Brasil.
Segundo a matéria, qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade e que apresente sintomas de síndrome gripal pode se candidatar como voluntária ao experimento. Após serem submetidos a um teste RT-PCR, para confirmar o contágio de covid-19, os participantes do experimento irão ser acompanhados por oito dias pelas equipes do MCTI.
Conforme a Agência Brasil apurou, consta da bula da que o medicamento é contraindicado em alguns casos, como para pessoas com doenças hepáticas (no fígado) ou doença renal.
Em abril, os cientistas brasileiros haviam considerado o potencial do medicamento, um vermífugo prescrito para giardíase, dentre outras infecções parasitárias. Isso porque o ministro havia observado que, em análises in vitro, houve uma redução de 94% da carga viral do novo coronavírus.
Medicamentos com potencial
De acordo com a publicação, o ministério informou que foram identificados cinco remédios com potencial para combater a replicação do novo coronavírus. Chegou-se a essa lista após varredura em um sistema com doi mil fármacos, feita com inteligência artificial, pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Em um documento divulgado ao final de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cita a nitazoxanida entre outros medicamentos que estão sendo estudados como possibilidade de enfrentamento à covid-19. Os testes da substância também foram objeto de questionamento ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, no dia 23 de junho. Em audiência realizada por iniciativa da comissão do Congresso Nacional as ações de combete à crise sanitária, ele respondeu que, de fato, é necessário se obter evidência científica quanto à validade do medicamento no combate à covid-19.
De acordo com matéria, Marcos Pontes também reiterou que "a má notícia é que essa não será a última pandemia" que a humanidade irá enfrentar. Segundo o ministro é por isso que o governo brasileiro precisa se preparar para futuras adversidades. Ele destacou ainda a ciência para se fazer frente ao cenário que se instalou e a importância de se alocar recursos públicos para a área, o que, pontuou, "não se faz de um dia para o outro". "A única maneira de vencer esse problema é a ciência", ressaltou.