Aproximadamente 27 milhões de pessoas, um quarto da população da República das Filipinas, país localizado na região do sudeste Asiático, retornaram ao confinamento nesta terça-feira (4). Isso porque a pandemia do novo coronavírus se agravou. As infecções ultrapassaram os 100 mil casos.
O número representa o quíntuplo de contaminações desde junho, quando o isolamento havia sido cancelado em grande parte do país. As informações são da agência AFP e foram publicadas pela revista IstoÉ.
Conforme a reportagem, a volta da quarentena foi declarada com 24 horas de antecedência. O anúncio inesperado provocou o bloqueio de transportes e voos na capital, Manila.
Sobre o retorno ao confinamento o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, pontuou: "Não estávamos à altura do desafio. Ninguém esperava”.
O trabalhador da construção civil, Ruel Damaso, apontou à publicação que pretendia voltar para a sua residência em Zamboanga, que fica no sul do país. No entanto, não conseguiu. “Não temos mais dinheiro. Não podemos deixar o aeroporto porque não temos família aqui”, afirmou.
Risco de grande duração da Covid-19
A reportagem destaca ainda que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizou ontem (3), em Genebra, durante uma transmissão via internet, o risco de longa duração da pandemia. “Não há solução milagrosa e talvez nunca existirá”, alertou.
De acordo com a reportagem, a preocupação com a Covid-19 se estende também na Austrália. Na cidade de Melbourne todos as atividades consideradas não essenciais serão fechadas a partir da meia-noite de amanhã (5).