Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em declaração feita nesta quinta-feira (13), não há chances de que o vírus Sars-CoV-2 possa ser transmitido através de embalagens de alimentos. O órgão pediu a população que não tenha receio de que o coronavírus entre na cadeia alimentar.
Entretanto, duas cidades chinesas argumentaram terem localizado vestígios do coronavírus em alimentos congelados importados e em embalagens de alimentos, causando um temor de que remessas de alimentos contaminados possam provocar novas disseminações.
"As pessoas não devem temer alimentos, embalagens de alimentos ou entrega de alimentos", sustentou o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, em entrevista coletiva. "Não há evidências de que a cadeia alimentar esteja participando da transmissão desse vírus".
Conforme declaração da epidemiologista da OMS, Maria Van Kerkhove, a China examinou centenas de milhares de embalagens e "descobriu que muito poucas, menos de '10' tinham o vírus".
Vacina
A OMS fez um apelo para que países que estão fechando acordos bilaterais de vacinas no momento, não afastem os cuidados multilaterais, já que bolsões isolados de vacinação continuarão deixando o mundo vulnerável.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ressaltou na terça-feira (11), que o país se converteu no primeiro do mundo a atribuir aprovação regulatória a uma vacina contra Covid-19, depois de menos de dois meses de testes em humanos, um desempenho que Moscou conferiu com seu sucesso na corrida espacial durante a Guerra Fria.
Alguns especialistas ficaram preocupados com a decisão de conceder tal chancela, antes da finalização dos testes clínicos. Somente cerca de 10% dos testes clínicos são bem sucedidos e alguns cientistas temem que Moscou esteja colocando o prestígio nacional acima da segurança.
De acordo com o site Terra, a OMS não tem informação suficiente para julgar o uso ampliado da vacina russa, destacou Bruce Aylward, conselheiro sênior da entidade, durante entrevista coletiva.