Segundo Marcos Espinal, diretor de doenças transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), esclareceu nesta terça-feira (4), que o pronunciamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que "talvez não exista" vacina contra covid-19 é uma forma de prevenir os países para que continuem com as medidas não- farmacêuticas, prescritas pela entidade, no combate à pandemia.
Espinal afirmou durante uma coletiva de imprensa da apoiadora da OMS, na América Latina. Neste momento, a organização global aponta que são 164 vacinas em desenvolvimento, sendo 25 delas na fase de testes com seres humanos. "Não é para entender com um "não vai haver". Vão existir medicamentos, possivelmente vacina. Mas, até que tenhamos o resultado dos testes clínicos, não podemos tirar conclusões".
Conforme o diretor da Opas, isto é um chamado para a adoção das ferramentas de atenuação que estão disponíveis e funcionam no combate ao coronavírus, como distanciamento social, testagem, isolamento dos casos e rastreamento de contatos dos que foram infectados.
O diretor da Opas ainda acrescentou que também foi uma maneira de atrair a atenção para o fato, de que o desenvolvimento de imunização contra o vírus é um processo demorando. "Não podemos pensar que, porque temos 160 vacinas em estudo, já temos a solução", destacou.
A explicação ocorreu após a declaração do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus considerar na segunda-feira (3), que ainda não há e talvez nunca existirá uma "bala de prata" contra covid-19.
"Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais", argumentou Tedros Ghebreyesus.
Conforme o site terra, para Espinal, é um pedido para que não sejam tiradas conclusões antes dos resultados. "Devemos lembrar, e creio que é também o que o diretor quis dizer, que temos um vírus muito famoso, para o qual ainda não encontramos uma vacina: o HIV, causador da Aids".