Existem pelo menos 165 vacinas contra a covid-19 sendo desenvolvidas atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Desse total, seis estão em estado avançado de desenvolvimento.
A Rússia parece querer chegar primeiro pois o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta semana que foi feito o registro que confirma a aprovação de uma vacina desenvolvida no país e pretende começar a vacinação em massa, já em outubro.
A vacina criada em Moscou só passou pela primeira fase de testes, em que é verificada a segurança, segundo a OMS.
Faltaria ainda a segunda etapa, em que é verificada se há uma resposta do sistema imunológico, e, principalmente, a terceira, que garante se a vacina realmente protege contra uma doença que segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é essencial para o seu registro e uso no Brasil.
As vacinas de Oxford em parceira AstraZeneca nos dão esperanças de conseguir em breve uma forma de se proteger do novo coronavírus.
No Brasil está em teste esta vacina, ela usa uma versão mais branda de um vírus que causa uma gripe comum em chimpanzés, chamado CHAdOx1. Uma proteína que se liga aos receptores das células humanas e permite ao coronavírus infectá-las.
A vacina está em testes nas fases 2 e 3 na Inglaterra e na Índia e em testes de fase 3 na África do Sul, além do Brasil, onde dois mil profissionais de saúde no Rio de Janeiro e São Paulo são voluntários.
No Brasil, a vacina será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como parte de acordo fechado pelo Ministério da Saúde.
Sinovac
A vacina da empresa chinesa Sinovac, a CoronaVac, usa cópias inativadas (mortas) do coronavírus para ajudar o nosso sistema imune a produzir anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus.
Ela está em testes de fase 3 no Brasil, desde julho, e na Indonésia, desde o início deste mês. A Sinovac é uma companhia privada com sede em Pequim e que tem experiência na produção de vacinas contra febre aftosa, hepatite e gripe aviária.
Moderna
A empresa americana Moderna desenvolve uma vacina que usa uma técnica inovadora, conhecida como RNA mensageiro.
A vacina está em teste em humanos desde março e o governo dos Estados Unidos já investiu quase US$ 1 bilhão nessa pesquisa.
BioNtech | Pfizer | Fosun
No final de julho, a união de empresas por trás dessa vacina anunciou o início dos testes combinados de fase dois e três. Ela também usa a técnica de RNA mensageiro para obter uma resposta imune.
Serão 30 mil voluntários nos Estados Unidos e em outros países, entre eles Argentina, Brasil e Alemanha. A pesquisa é uma colaboração entre a empresa alemã BioNTech, a americana Pfizer e a chinesa Fosun Pharma.
CanSino
A empresa chinesa CanSino dará início aos testes da fase três na Arábia Saudita, essa vacina usa um adenovírus, chamado Ad5, que causa uma gripe comum em pessoas e foi geneticamente modificado para levar nossas células a produzirem uma proteína que existe na superfície do coronavírus e gerar uma resposta imune.
O projeto foi feito em parceria com a Academia de Ciências Médicas Militares da China.
Sinopharm
A farmacêutica estatal chinesa criou duas versões de uma vacina que usa cópias inativadas do coronavírus.
Uma delas foi feita com o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan e a outra, com o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, mas ainda encontra em testes de fase 3 desde julho, nos Emirados Árabes, em um estudo com 15 mil participantes.
O governo do Paraná também firmou um acordo para testar a vacina da Sinopharm em profissionais da saúde do Estado.