Estudiosos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), identificaram uma paciente da covid-19, que manteve o novo coronavírus ativo no organismo por 152 dias, com potencial de transmissão, superando a média de 14 dias. Este é o caso mais prolongado documentado até o momento.
Conforme a pesquisa, obtida e divulgada pelo jornal O Globo, a mulher identificada por N°3, também profissional de saúde, apresentou os primeiros sintomas em março, e o quadro evoluiu sem gravidade por três semanas. Sem apresentar sintomas nos meses seguintes, novos testes do tipo RT-PCR, considerado padrão- ouro, comprovaram que o vírus permaneceu ativo.
Os profissionais do Instituto de Microbiologia do Instituto de Biologia da Faculdade de Medicina da UFRJ, estudaram a segurança de pacientes considerados curados da doença e que retornam aos postos de trabalho. Segundo eles, 40% das pessoas que participaram do estudo continuaram a ser positivas, duas semanas após os primeiros sintomas.
Maior permanência no organismo
Segundo o site de notícias Metrópoles, ao isolar o vírus, os pesquisadores afirmam que, em aproximadamente 15% dos casos, ele permanecia ativo e continuava a se replicar em culturas de células, depois de duas semanas, o que indica o potencial de transmissão.
Consta que a paciente N°3 foi uma das 50 pessoas selecionadas no estudo que voltaram ao local para refazer os testes, mais de duas vezes. O sequenciamento genético do patógeno comprovou que se tratava da mesma infecção, descartando a hipótese de reinfecção.