Por Fabiana Holtz, com Associated Press
O número de casos confirmados de coronavírus na Índia ultrapassou 7 milhões neste domingo, com o número de novos casos diminuindo nas últimas semanas. Apesar do alerta de especialistas em saúde sobre o uso de máscara, a população segue dando sinais de fadiga da quarentena.
O Ministério da Saúde indiano registrou outras 74.383 infecções nas últimas 24 horas. Espera-se que a Índia se torne o país mais atingido pela pandemia nas próximas semanas, ultrapassando os EUA, onde mais de 7,7 milhões de infecções foram relatadas. O ministério também informou 918 mortes adicionais, levando o total de mortes para 108.334. A média de casos diários no país neste mês está em mais de 70.000 casos até agora. A Índia tem uma alta taxa de recuperação de 85%, com casos ativos abaixo de 1 milhão, de acordo com o Ministério da Saúde.
O número de pessoas que morreram de covid-19 permaneceu relativamente baixo no sul e sudeste da Ásia - da Índia ao Vietnã e Taiwan - em comparação com os países europeus e os Estados Unidos, segundo Randeep Guleria, especialista em saúde do governo. "Temos sido capazes de manter a subida da curva lenta, mas concordo que não fomos capazes de fazê-la descer agressivamente. Isso está relacionado à densidade populacional, diversidade e desafios socioeconômicos em nosso país", disse Guleria, referindo-se à crescente população da Índia de quase 1,4 bilhão.
Alguns especialistas afirmam, porém, que o número de mortos na Índia pode não ser confiável em razão de relatórios e infraestrutura de saúde deficientes e testes inadequados.
Na semana passada, o ministro da Saúde do país, Harsh Vardhan, disse que a Índia pretende fornecer vacinas para 250 milhões de pessoas até julho de 2021. Segundo ele, o governo planeja receber de 450 milhões a 500 milhões de doses de vacinas e garantirá "acesso equitativo".
Autoridades de saúde alertaram sobre o potencial do vírus se espalhar durante a próxima temporada de festivais religiosos, que é marcada por grandes reuniões em templos e distritos comerciais.
Líbano
No Líbano, o Ministério do Interior decretou um lockdown (bloqueio) a partir de amanhã, dia 12, até 19 de outubro em 169 vilas e cidades, com o fechamento de todas as casas noturnas e bares do país, em meio a um aumento acentuado de casos de coronavírus. Pubs e boates estarão fechados até novo aviso, disse o ministério.
A decisão foi anunciada uma semana depois que o ministério ordenou um bloqueio em 111 vilas e cidades, que termina na manhã de segunda-feira. Algumas dessas cidades estão incluídas nas novas restrições.
No sábado, o Ministério da Saúde do Líbano registrou 1.388 novos casos de coronavírus, elevando o total confirmado do país para 52.558 infecções e 455 mortes.
Os casos no Líbano têm aumentado desde o início de julho, quando o país afrouxou um bloqueio nacional e abriu seu único aeroporto internacional. Os números aumentaram dramaticamente após uma explosão em 4 de agosto em Beirute que matou e feriu muitos, enquanto as pessoas se reuniam em hospitais, funerais e protestos contra o governo.