As vacinas que estão sendo elaboradas para combater a COVID-19 tem apresentado, na maioria das vezes, resultados satisfatórios. Porém muitas uma hora ou outra apresenta algum efeito colateral em algum de seus voluntários.
O prazo para produção das vacinas imunizantes é estreito, logo enquanto mais rápido esses efeitos colaterais forem identificados consequentemente será buscado também uma solução rápida a curto prazo.
A vacina produzida pelas pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, apresentou um resultado satisfatório, chegando à 95% de eficácia. Não foi apresentado por parte dos voluntários efeitos colaterais significantes, além em pessoas acima de 65 anos ofereceu uma boa proteção contra covid-19, inclusive com indivíduos de diferentes etnias.
De acordo com análises publicadas, podemos fazer um breve levantamento dos prós e contras de cada vacina que está sendo produzida para o combate à covid-19. Ainda é cedo para afirmar de fato qual, ou quais, mostraram efeito eficaz sem efeitos colaterais ao ser humano.
Covaxin (Bharat Biotech)
Esta vacina está dentre as últimas que entrou na fase 3 de testes. Seu princípio ativo é muito parecido com a CoronaVac, pois utiliza em sua fórmula vírus inativados em sua composição.
Está vacina está sendo desenvolvida na índia, e apesar de estar sendo formulada dentro de padrões já pré existentes, sua produção tem alto custo e o tempo de desenvolvimento é demorado.
Seus testes em pessoas pretendem alcançar cerca de 25 mil indianos, e de acordo com informações repassadas à Reuters, a expectativa de início de distribuição das doses está previsto para fevereiro de 2021.
Ad5-nCoV (CanSino)
Antes mesmos dos testes de segurança e já em sua fase inicial, esta vacina foi aplicada em soldados chineses em uma aprovação emergencial. Produzida a partir do vetor viral não-replicante, dessa forma um vírus modificado é usado como vetor, onde é adicionado o gene Sars-CoV-2, que explicando de maneira bem resumida, produz os anticorpos para o combate do vírus. O mesmo método foi usado para a produção da vacina contra o ebola, aprovada no fim de 2019.
Está na fase 3 de testes, e possui atualmente mais de 40 mil voluntários participando dos testes clínicos da vacina no Paquistão, da Arábia Saudita e do México. Maiores informações ainda não foram divulgados pelos responsáveis sobre as pesquisas.
NVX-CoV2373 (Novavax)
Produzida a partir de testes de voluntários do Reino Unido, cerca de 15 mil pessoas, e Estados Unidos, seus resultados deverão demorar um pouco mais para chegar ao nosso conhecimento, já que os primeiros resultados da fase 3 de testes deve começar a sair apenas no começo de fevereiro de 2021.
Está vacina é uma das mais avançadas do grupo de vacinas de subunidade proteica, que consiste no uso de proteínas. De acordo com os virologistas as proteínas são o principal componente que o organismo imunológico humano utiliza para reconhecer agentes infecciosos. O mesmo princípio ativo desta vacina é o usado na vacina contra hepatite B.
A vacina faz parte do consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS), Covax, compra e distribuição de doses aos países menos desenvolvidos.
JNJ-78436735 (Johnson & Johnson)
Como já citado anteriormente, essa vacina utiliza o princípio ativo do vetor viral não-replicante, a mesma tecnologia que vem sendo utilizada pela Universidade de Oxford, AstraZeneca e Sputnik V.
Possui cerca de 60 mil voluntários na África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México e Peru. A vacina da J&J parece está um pouco atrasada em relação às demais, já que seus testes clínicos ainda não foram divulgados.
Em relação às outras vacinas que vem sendo produzidas, a principal característica que destaca essa é que ela não necessita de outras doses imunizantes. Apenas uma dose é necessária para o combate à covid-19. Olhando pelo lado econômico, milhares de dólares deixariam de ser gastos para a produção e compra de uma possível segunda dose.
Sputnik V (Instituto de Pesquisa Gamaleya em Epidemiologia e Microbiologia)
A vacina russa está dentre as mais populares atualmente. Muito se tem falado a respeito. Logo muito cedo a Rússia já anunciou que estava produzindo uma vacina em um estágio avançado contra covid-19. O que causou estranheza entre especialistas da área, já que poucas informações haviam sido divulgadas e os estudos não tinham sido publicados em nenhum periódico científico.
O governo russo ainda mantém muitos dados sobre a Sputnik V em sigilo, a vacina foi aprovada pelos órgãos de saúde daquele país, e o que já se sabe é que a tecnologia usada por ela é o mesmo que já vem sendo explorado por outras vacinas, o vetor viral não-replicante.
Quarenta mil voluntários de países como Rússia, Emirados Árabes Unidos e Belarus, participam dos testes. Até o momento a vacina comprovou eficácia de 92%. O governo do Paraná já demonstrou interesse pela vacina russa e fechou um acordo. O Ministério da Saúde também sondou a possibilidade de trazer ao Brasil a Sputnik V.
CoronaVac (Sinovac)
Produzida pelo laboratório chinês Sinovac, já se encontra na fase 3 dos testes, e provavelmente no começo do próximo ano a população pode começar a ser imunizada. Utiliza a tecnologia de estratégia do vírus inativado. Substâncias químicas ou algum método como calor é usado para incapacitar o vírus que causa a covid-19. Impedindo infecções ou que ele se reproduza e se espalhe pelo organismo.
Os estudos relacionados a Coronavac está envolto de polêmicas aqui no Brasil. A possibilidade de uso ou não de compra da vacina aqui no país tomou viés político. Críticas vindas principalmente do Presidente Jair Bolsonaro e Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, rebatem a opinião de especialistas e principalmente do Governador de São Paulo, João Doria, sobre a vacina.
Recentemente outra polêmica envolveu a CoronaVac, um de seus voluntários que participava dos testes morreu, o que fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) paralisar os testes no país, mais tarde descobriu-se que a morte do voluntário não estava relacionada a vacina.
Um fator importante é que ela vem sendo produzida pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan. O que facilitaria sua distribuição aqui no país. Apesar de ser de fácil manuseio e podendo ser armazenada até mesmo dentro de geladeiras convencionais, sua produção exige elevada tecnologia industrial e seu rendimento é bem reduzido em quantidade de litros produzidos.
Utiliza uma técnica já conhecida pela ciência que já usada a pelo menos 70 anos para produção de vacinas. Apesar de demorado, os riscos deste método já são amplamente conhecido pelos especialistas.