Nesta segunda-feira (7) governo de São Paulo anunciou que o plano de vacinação com a CoronaVac começa no dia 25 de janeiro de 2021. O imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ainda está na terceira fase de teste, ou seja, precisa ter eficácia comprovada para que possa ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o governo, nessa primeira fase 9 milhões de pessoas serão vacinadas, em que a prioridade de imunização são os profissionais de saúde, indígenas e quilombolas de todo o estado. O plano de vacinação ainda inclui idosos com 60 anos ou mais, e é dividido em cinco etapas.
"O público-alvo da primeira fase da vacinação são as pessoas com 60 anos ou mais que correspondem a 7,5 milhões de pessoas, trabalhadores de saúde, que são os nossos grandes agentes na linha de frente salvando vidas, quilombolas, indígenas, que são 1,5 milhões de pessoas e a prioridade são os trabalhadores de saúde, num total de 9 milhões de pessoas", disse Regiane de Paula, coordenadora do controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde.
O governo ainda informou que o estado já possui 5,2 mil postos de vacinação nos 645 municípios paulistas. No anúncio, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn afirmou que São Paulo tem a quantidade necessária de insumos para garantir que o programa ocorra no prazo previsto.
"Nós iniciaremos a campanha vacinal agora no 25 de janeiro e temos, sim, esses insumos, agulhas e seringas para vacinar esse público. Dessa maneira, não será necessário fazer aquisições, aguardo de licitações, porque nós já disponibilizamos em nosso estoque desses materiais", afirmou o secretário.
'oito estados do país já solicitaram a vacina CoronaVac', diz doria
Segundo o Governador de São Paulo, João Doria, oito estados já manifestaram interesse pela CoronaVac. No anúncio foi informado que 4 milhões de doses serão vendidas para outras regiões do país.
Dos interessados, Doria citou apenas o prefeito eleito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), e da cidade de Curitiba, Rafael Greca (DEM).
"Nós temos já oito estados do país que solicitaram a vacina CoronaVac ao Instituto Butantan. Alguns governadores vieram até aqui, inclusive, tratar deste assunto conosco. E para citar dois prefeitos entre muitos, mas apenas homenageando o prefeito de Curitiba, que solicitou e já anunciou, inclusive nas suas redes, que fará a aquisição da vacina para imunização dos curitibanos; e o novo prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, me telefonou hoje pela manhã, dizendo que o Rio de Janeiro não vai ficar aguardando o programa de vacinação para o mês de março, desejará vacinar o mais breve possível iniciando pelos profissionais de saúde do Rio de Janeiro", disse o governador reforçando que o interesse pelo imunizante tem sido grande.
As expectaticas do governador, é de que a CoronaVac seja incluída no Programa Nacional de Imunização, mas independente disso Doria afirma que o cronograma estadual será mantido. “No dia 25 de janeiro, se pudermos ter o governo federal do nosso lado será bem-vindo, não há nenhuma hostilização, nenhum fator que nos impeça de incorporarmos ao programa estadual de imunização ao programa nacional de imunização. Mas se não o fizer, em São Paulo, no dia 25 de janeiro, começamos a salvar vidas no nosso estado com a CoronaVac."
Para que a CoronaVac posse ser distribuída, a Instituto Butantan ainda deve cumprir alguns regulamentos. Segundo o instituto, a previsão é a de que o relatório para que a Anvisa avalie a eficácia da vacina, seja enviado até o fim desta semana. Com isso, a Anvisa deve decidir se a CoronaVac cumpre, ou não, todos os requisitos para aplicação até a primeira semana de janeiro.