A Secretaria de Estado de Saúde informou nesta quarta-feira (17) que Goiás passa pela segunda onda de Covid-19, ainda mais forte que a primeira, e seis regiões do estado estão em situação de calamidade. Diante do alerta, a secretária emitiu orientações de como cada município deverá agir para evitar o avanço da doença de acordo com a situação da região que estão.
De acordo com Flúvia Amorim superintendente de Vigilância em Saúde, das 18 regiões de saúde em que o estado é dividido, a situação foi considerada preocupante em seis regiões, já que houve um registro de piora com relação a primeira onda de contaminação em Goiás.
Ainda segundo a superintendente, os dados demostram que o aumento de casos foi consideravelmente maior em cidades fora da Região Metropolitana. Entre as regiões de saúde listadas com a piora de casos estão: Estrada de Ferro; do Rio Vermelho; São Patrício I; Norte; Oeste I; e Nordeste II. Dentro dessas áreas estão cidades como Caldas Novas, Catalão, Nova Crixás, Aruanã, Itapaci, Ceres, Porangatu, Minaçu, Iporá e Posse.
Conscientização
Alertando sobre a gravidade da situação, o governador Ronaldo Caiado (DEM) pediu conscientização da população para evitar aglomerações, além de cobrar uma ação mais firme por parte dos municípios.
"Propusemos uma portaria para que tivéssemos o cancelamento das atividades de bares e boates a partir das 22h, mas muitos não quiseram assumir ou prorrogaram o prazo. E o que estamos vendo é o agravamento da situação”, disse.
Caiado ainda falou sobre a reincidência de pessoas que descumprem a recomendação de distanciamento social que visa evitar a proliferação do vírus. "Isso é algo que é afrontoso, imaginar que pessoas estão morrendo em decorrência da contaminação de um vírus e outras pessoas estão festejando como se nada tivesse acontecendo. Essa conscientização que peço de todos", completou o governador.
Mapa de casos de Covid-19 em cada região
Para mapiar a situação em cada região do estado em relação a Covid-19, a Secretaria de Saúde analisou os números de casos confirmados, a taxa de internação e ocupação de leito e também os registros de síndromes respiratórias agudas graves em cada município. Segundo as análises, seis estão em situação de calamidade, oito em nível crítico e quatro em alerta.
Com isso, a Secretária emitiu orientações de como cada município deverá agir conforme a situação da região que estão. A seguir as restrições com base nos três cenários:
Situação de alerta: funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas, com o uso e fiscalização de protocolos específicos para as atividades afins;
Situação crítica: funcionamento das atividades de alto risco de transmissão com lotação máxima de 30% da capacidade, conforme abaixo:
- Instituições religiosas;
- Bares e restaurantes.
Funcionamento das atividades de médio risco de transmissão com lotação máxima de 50% da capacidade, conforme abaixo:
- Academias, quadras esportivas escolas de esporte;
- Salões de beleza e barbearia;
- Shoppings e centros comerciais.
Para as atividades abaixo relacionadas, seguir recomendações específicas:
- Eventos sociais: capacidade máxima de 150 pessoas
- Empresas e escritórios: prioritariamente para trabalho remoto ou 50% da capacidade do estabelecimento em trabalho presencial.
- Transporte públicos: lotação máxima limitada ao quantitativo de passageiros sentados;
- Funerais: máximo de 10 pessoas.
Situação de calamidade: recomenda-se a interrupção de todas atividades, exceto: supermercados e congêneres, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde.
*Com informações do G1.
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