Durante a pandemia, projetos sociais levam material escolar, cestas básicas e computadores para alunos de diferentes estados do Brasil. Os projetos visam ajudar as famílias de baixa renda a terem apoio em meio aos obstáculos da Covid-19.
Pelo Brasil, iniciativas e ONGS, buscam minimizar o impacto da suspensão das aulas presenciais, e das dificuldades de alimentação e moradia nas regiões mais periféricas do país. Com o cenário ruim que o Brasil enfrenta, ainda não se sabe ao certo, quando há perspectiva de normalização das atividades.
Alguns dos projetos, como em São Paulo, são distribuídos computadores e chips de internet para estudantes participarem do ensino remoto. Nicoli Ferreira, de 17 anos, consegui continuar o cursinho popular da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Após o pessoal do cursinho disponibilizar tablets, computadores e chips de internet para todo mundo que não tinha como acompanhar as aulas on-line. A organização oferece aulas gratuitas.
Em Manaus, um professor fundou a Associação Voz Ativa. Ele é responsável por administrar e suprir a maior parte dos gastos da Fundação. A iniciativa tem como objetivo ocupar o tempo livre de jovens de comunidades vulneráveis para mantê-los afastados do tráfico de drogas e da prostituição.
“O problema é que é muito difícil fazer educação sem recurso. Com meu salário de professor, consigo pagar minhas despesas. Mas não sobra para ajudar os outros. Banco os projetos da associação levantando dinheiro como motorista de aplicativo e pedindo ajuda no farol.” conta Girleno, professor e fundador da Associação Voz Ativa.
Além disso, o projeto do Girleno, conseguiu arrecadar 600 cestas básicas para doações, agora o projeto tenta suprir as necessidades básicas das famílias. Segundo ele, muita gente pede ajuda, e o desejo dele é atender a todos. “A gente precisa fazer algo neste momento tão difícil. E isto não é assistencialismo, é ajuda. As pessoas estão abandonadas. Não posso perder meus futuros alunos.”
Em comunidades mais remotas, como no Pantanal, voluntários vão, de barco, levar livros a crianças de comunidades ribeirinhas. “Nossa ideia é abrir mais portas para que os jovens façam suas escolhas. Se quiserem ser pescadores, não tem problema. Mas podem querer também virar veterinários, médicos, presidentes”, diz Sylvia Bourroul, diretora do projeto Acaia Pantanal.
Para as ONGs é importante que mais associações e voluntários ajudem. Em meio a pandemia, muitas famílias perecem, por isso as organizações pedem doações para manter seus projetos. Elas precisam arcar com os custos das iniciativas durante e garantir que continuem funcionando mesmo após a crise.