Em estado de calamidade, o sistema de saúde do Distrito Federal apresenta problemas no manuseio de cadáveres, como mostram imagens registradas por servidores onde corpos de vítimas da Covid-19 foram armazenados no chão e até mesmo se encontram à espera de remoção nos corredores da unidade de saúde.
Segundo os protocolos da Secretaria de Saúde os corpos de pacientes com Covid-19 precisam ser ensacados e enterrados em caixão lacrado, para evitar a contaminação. Ainda para remoção desses corpos é necessário o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Nesta segunda-feira (22), 400 pessoas aguardavam por um leito de unidade de terapia intensiva (UTI). No dia 9 de março, o governo do DF decretou estado de calamidade pública na saúde, devido ao avanço de casos e óbitos.
No Hospital Regional do Guará (HRGu), corpos de pacientes que morreram devido à Covid-19 ficaram no chão do necrotério no sábado (20), por falta de espaço. De acordo com a denúncia as vítimas, entre elas dois idosos, eram casos confirmados ou suspeitos da Covid-19.
Porém, segundo a Secretaria de Saúde o Hospital Regional do Guará "segue o preconizado no protocolo específico de preparo e armazenamento dos corpos vítimas de Covid-19". Informou ainda que a unidade de saúde tem comportado a demanda, já que tem baixo índice de mortalidade.
Ainda conforme a secretaria, os corpos que aparecem nas imagens não estavam no chão, mas sim sobre "um tablado de madeira", enquanto aguardavam transição para o serviço funerário.
Neste domingo (21), o DF confirmou mais 27 mortes e 1.080 novos casos de Covid-19. Com os novos registros, o total de óbitos chegou a 5.382, e os infectados passaram para 328.902.
Vítima no corredor
Segundo uma denúncia, também no sábado, no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), um homem de 45 anos morreu e o corpo dele ficou no corredor pelo menos por 24 horas.
O cadáver não havia sido preparado conforme o protocolo de manuseio de vítimas da Covid-19 e, por isso, houve demora para a remoção por parte do sistema funerário.
A presidente da Associação das Funerárias do Distrito Federal, (Asfun-DF), Tânia Batista, afirmou que denúncias sobre hospitais que agem de forma errada no manuseio de cadáveres são constantes.
"Corpos são colocados nos corredores, sem serem identificados e fora do invólucro próprio para armazenamento", comentou Tânia.
*Com informações do G1.
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