Com o agravamento da pandemia, o uso do oxigênio hospitalar chegou a quintuplicar em alguns locais do país. A necessidade do uso pelos pacientes com a Covid-19 faz com que o medo tome conta das cidades. Gestores, órgãos de controle e empresas se movimentem para evitar o desabastecimento.
O Ministério da Saúde aponta seis estados que apresentam situação crítica em relação ao nível de oxigênio medicinal disponível. São eles: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Ceará e Rio Grande do Norte. Além desses estados, outros sete estados estão em situação de alerta. São eles: Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As informações foram dadas pelo diretor de Logística do Ministério da Saúde, general Ridauto Fernandes na última segunda feira (22). A informação foi divulgada diante uma reunião do Gabinete Integrado de Acompanhamento de Epidemia de Covid-19 (Giac).
De acordo com a Metrópole, a Secretaria da Saúde informou que Roraima apresenta as piores taxas do crescimento do consumo do oxigênio hospitalar. O consumo atual gira em torno de 2.616,4 metros cúbicos por dia, equivalente a 73.259,2 metros cúbicos no mês. Em fevereiro o consumo havia sido de 13.346 metros cúbicos, ou seja, houve uma alta de 448,9%.
No estado do Amazonas já vivenciaram o desabastecimento do gás e em Amapá teve um aumento superior a 200%. Segundo dados da empresa White Martins (AP), a ampliação do entendimento elevou o fornecimento de cilindros de oxigênio de 14 para 70 unidades por dia.
A Procuradoria-Geral da República cobrou o Ministério da Saúde sobre a falta de oxigênio no Acre e Rondônia, o Ministério informo que vai aumentar o fluxo e insumo enviado para os locais por tempo indeterminado.
Ainda sobre a falta de oxigênio
A empresa Dois Irmãos, que fornece oxigênio medicinal para 28 municípios do estado, declarou que está com o estoque do material em falta. Segundo eles o insumo só estará disponível para venda na quinta-feira (25). O governo do estado afirmou que a crise gerada pela falta de oxigênio medicinal afeta 50 municípios.
No Rio Grande do Sul, o aumento do consumo foi expressivo. Segundo relatado pelos serviços à Secretaria de Saúde mais de 300%. No Nordeste, mais especificamente em João Pessoa (PB), a White Martins relatou que o consumo de oxigênio líquido cresceu cerca de 15%.
No auge da crise da pandemia em Manaus (AM), familiares de pacientes internados com a doença pintaram de verde os cilindros de uso industrial. A medida foi utilizada a fim de reabastecer o equipamento.