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CORONAVÍRUS

Emocionados, funcionários de hospital comemoram chegada de cilindros de oxigênio, em Bela Vista de Goiás

Após lidarem com a possibilidade do oxigênio para pacientes com Covid-19 acabar a qualquer momento, funcionários do Hospital Municipal de Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, ganharam motivos para comemorar. A unidade recebeu na tarde de segunda-feira (15) um carregamento de cilindros de oxigênio e, emocionados a equipe comemorou e rezou para agradecer.

De acordo com os funcionários, até então só havia quatro tubos para 11 pacientes com coronavírus. Além disso, o transporte até a unidade passou ontem por um contratempo, quando o motorista da van que levava o produto ficou preso no congestionamento causado por uma manifestação na BR-153, em Goiânia. O ato ocorria em protesto ao decreto que restringiu o funcionamento de atividades não essenciais por mais 14 dias.

A diretora da unidade de saúde, Deusmaria Aparecida Batista, revela que a demanda ficou maior que a quantidade de oxigênio disponível para os pacientes na unidade. "Antes, tínhamos uma média de gastar de sete a 12 cilindros por semana, nas últimas semanas deste mês gastamos 12 em um dia. Ontem, precisávamos de 27, chegamos em apenas quatro. Reduziu tanto, que o que tínhamos só era suficiente para uma hora", explicou.

Segundo ela, enquanto esperava a chegada do produto, solicitou a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência dois cilindros emprestados e um cilindro em São Miguel do Passa Quatro (a 59km de Bela Vista). "O oxigênio começou a apitar, estava acabando, só vi servidor correndo de um lado para o outro. Aqui, nos restava a fé de acreditar na força divina que tudo daria certo”, contou.

Contratempo

Enquanto isso, o motorista da van que transportava o oxigênio, Hugo Eduardo Pereira, de 30 anos, tentava ultrapassar o bloqueio da BR-153, que chegou a ter um congestionamento de 16km.

Ele que trabalha em uma empresa terceirizada, em Goiânia, responsável por fornecer os cilindros para Bela Vista de Goiás, conta que tentou alertar os manifestantes sobre a urgência para entrega da carga. "Perguntaram se eu estava com paciente, falei que estava com os oxigênios e que, se eu não chegasse a tempo, pessoas poderiam morrer”, relatou.

O motorista conseguiu abrir caminho e seguir para a entrega, mas de acordo com ele, em um trajeto que normalmente poderia ser feito em pouco mais de uma hora, acabou gastando 3h20 da capital até a cidade vizinha, a cerca de 45 km de distância.

Mas, Hugo conta quando chegou ao hospital, os funcionários o receberam com aplausos. "Os funcionários estava assustados e apreensivos, eu também estava. O hospital inteiro estava lá, batendo palmas. Eu me arrepiei todo, aquilo para mim foi gratificante, emocionante, de verdade. Foi lindo", ressaltou o motorista.

*Com informações do G1.

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