O acréscimo diário de registros de novos infectados pela Covid-19 em Fortaleza, tem levado os hospitais privados a um cenário crítico. A lotação da capacidade de assistência médica das instituições particulares chegou ao ápice.
O secretário da Saúde do Estado, Dr. Cabeto afirmou nesta terça-feira (16), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais do governador Camilo Santana, que, na ocasião, anunciou a construção de mais de 100 leitos para pacientes sem Covid-19 no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
"Todos os hospitais privados de Fortaleza estão em colapso, 100% deles. Diariamente tenho solicitações para ajudar, para colaborar", revelou o titular da Sesa.
"Mais importante agora é olhar para as questões técnicas e humanas, fazer as duas coisas de maneira muito harmônica e bem colocadas para que a gente tenha um bom resultado", completou o secretário.
Recorde de mortes
A média diária de mortes por Covid-19 no Ceará subiu 28 na primeira quinzena de março em comparação com o que foi observado no mês de fevereiro.
Nos primeiros 14 dias deste mês, foram contabilizados, em média, 41 mortes pela doença no estado a cada 24 horas; no mês anterior, a média foi de 24 falecimentos a cada dia.
Um decreto em vigor em todo o estado determina que apenas atividades consideradas essenciais podem manter as atividades. As medidas valem até domingo, 21 de março.
O decreto foi estabelecido inicialmente para Fortaleza e em seguida ampliado para todo o estado devido ao aumento dos casos e óbitos pela Covid-19.
Na tarde da segunda-feira, 15, o presidente da Unimed, Elias Leite, afirmou que o limite de expansão está se esgotando. Além da construção de hospital de campanha pela segunda vez, a empresa está criando novos leitos dentro do setor de emergência de seu hospital. “A nossa capacidade de expansão já está chegando ao limite ou até já passando do limite”, disse.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Leite ressaltou que "Hoje, infelizmente, estamos tendo que criar uma área de UTI dentro da nossa emergência. Ou seja, a nossa capacidade de expansão está chegando ao seu limite ou até passando do limite", disse, completando que "talvez, hoje tenha sido o dia mais difícil pra todos nós", em vídeo publicado nas redes sociais.
Elias Leite ainda lembrou que oito leitos já haviam sido abertos, depois mais sete na área de ressonância do hospital, mas todos já estão lotados.
9º lote de vacinas contra a Covid-19 - Ceará
A nova carga contém 180 mil doses, as vacinas contra a doença foi anunciado pelo governador Camilo Santana, na manhã desta tera-feira (16), durante uma vistoria nas unidades de campanha do Hospital Geral de Fortaleza.
Os imunizantes devem seguir os mesmo protocolos dos outros lotes, sendo dividido para todo Ceará e a Capital Fortaleza.
A última chegada de vacinas contou com 109.800 aplicações já encaminhadas para seus respectivos destinos.
“Estamos lutando muito pelas vacinas. Aliás vamos receber um lote de 180 mil vacinas agora provavelmente amanhã no Ceará. Vamos dar continuidade, mas tem sido muito pequena a quantidade diante da necessidade, afirmou.
Durante o anúncio, Camilo Santana, afirmou que deverá anunciar novas medidas duras contra o avanço da Covid-19 no estado.
“Vamos anunciar nesta semana novas medidas. Sei que são medidas duras que afetam a economia do estado, afeta a vida das pessoas, mas o estado tem faz um esforço de fazer medidas importantes que possam socorrer e que apoiar as famílias mais vulneráveis do estado do Ceará. Em breve vamos anunciar novas medias”, reforçou.
A plataforma da Secretária da Saúde do Ceará (Sesa), IntegraSUS registra o índice de pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e nas enfermarias de algumas instituições privadas da Capital.
Veja a relação de ocupação das unidades particulares, conforme os dados divulgados até as 11h04 desta terça-feira, segundo diário do nordeste:
- Casa de Saúde e Maternidade São Raimundo - UTI: 100% | Enfermaria: 94,59%;
- Hospital Aldeota - UTI: 97,37% | Enfermaria: 100%;
- Hospital Antônio Prudente - UTI: 100% | Enfermaria: 91,97%;
- Hospital Distrital Dr. Fernandes Távora - UTI: 100% | Enfermaria: 72,13%;
- Hospital Gênesis - UTI: 76% | Enfermaria: 85,71%;
- Hospital Luiz França - UTI: 80% | Enfermaria: 47,06%;
- Hospital OTOclínica - UTI 100% | Enfermaria: 100%;
- Hospital Regional Unimed - UTI: 95,35% | Enfermaria: 95,37%;
- Hospital São Carlos - UTI: 97,5% | Enfermaria: 100%;
- Hospital Uniclinic: UTI 100% | Enfermaria 97,33%;
- Maternidade Eugenia Pinheiro - UTI: 90% | Enfermaria: 70%.
Ainda segundo o IntegraSUS, divulgados até as 11h04 desta terça-feira, a rede hospitalar do Ceará, entre unidades públicas e privadas, está com 92,47% dos leitos de UTI ocupados. Nas alas reservadas para adultos, a taxa chega a 95,87%, seguido por 56,25% (infantil) e 56,41% (neonatal).
Em relação às enfermarias, 80,02% estão com pacientes internados. As acomodações para adultos novamente aparecem com a maior porcentagem (82,58%). Na sequência, estão: enfermaria infantil (67,2%); neonatal (50%) e gestante (47%).
Já nos hospitais públicos segue a expansão rápida do número de leitos de UTI e de enfermaria para evitar uma sobrecarga no sistema. Atualmente, contabilizando o Hospital Leonardo da Vinci, o Hospital de Messejana e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), são cerca de 900 pacientes internados com Covid-19 na Capital, segundo informou o secretário.
Ampliação - Obras no Hospital Geral de Fortaleza
A live acompanhou as obras da montagem das unidades de campanha do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Serão três tendas anexas, com capacidade para 103 leitos no total. Os leitos estão sendo disponibilizados para atender pacientes com enfermidades que não são de Covid, para abrir esse mesmo espaço dentro do Hospital para os pacientes com coronavírus. Trinta e cinco leitos serão entregues já na tarde desta terça-feira.
O sistema público tem trabalhado com a Central de Regulação para transferência de pacientes de municípios que já atingiram sua capacidade de atendimento. "Para garantir que todas as pessoas dos municípios necessitários possam ser transferidas em tempo hábil, o Estado tem mudado toda a sua regra de funcionamento, ajustando ocupação e dimensionamento de leitos, além dessa expansão", ressaltou Dr. Cabeto.
*Com informações do G1, O povo Online e Diário do nordeste
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