Na última terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) admitiu incluir equivocadamente uma dose da vacina da Astrazeneca, no cartão de vacina virtual de cerca de 2 mil CPFs de médicos .
O caso foi denunciado após notarem o erro de três doses gravadas no aplicativo Conecte SUS, enquanto somente duas doses da Coronavac foram aplicadas ao profissionais de saúde.
Grécia Pessoni é diretora de Vigilância Epidemiológica da capital goiana, e relata que não houve má-fé do profissional de saúde, e nem da Secretaria ao registrar uma dose a mais na carteira de vacinação dos médicos. A diretora ainda ressalta que os profissionais não tomaram essa dose e que a vacina também não foi desviada para outra pessoa.
"Nós do município não temos acesso a esse sistema do Ministério da Saúde para excluir os dados. Somente o Ministério pode excluir um dado errado de vacina da Covid-19. Já repassamos a solicitação de exclusão para o ministério e para a Secretaria Estadual de Saúde e aguardamos o acesso de Goiânia para fazer a exclusão dos dados", explicou a diretora.
O Conselho Regional de Medicina (Cremego) informou que o caso é de responsabilidade da SMS. Portanto uma das médicas, que preferiu não ser identificada, apresentou a denuncia do erro nesta terça-feira (16).
Na carteira física de vacinação mostra que a médica recebeu a primeira dose da Coronavac em 19 de janeiro e a segunda em 9 de fevereiro. Mas que a terceira não foi aplicada.
"Fui surpreendida ao receber uma ligação da Vigilância Epidemiológica do hospital em que eu trabalho porque eles foram registrar as minhas doses no Conecte SUS e se depararam com a informação de que eu havia realizado também uma dose da Astrazeneca, mas isso jamais aconteceu", disse a médica, em entrevista ao G1.
Outra médica, apresentou a mesma denuncia. Mas ela teme que alguém possa ter sido prejudicado com um suposto erro de aplicação da dose de Astrazeneca relacionada ao cadastro dela.
"Na verdade, esse erro existe não só comigo, mas com outros colegas também e acho que é passível de ser averiguado", relata a médica.
Em nota, a SMS afirmou que a dose nunca foi aplicada, mesmo que ela apareça no aplicativo Conecte SUS dos médicos. Por isso, a pasta reforçou que o caso não vai prejudicar o profissional, nem a quantidade de doses disponíveis na secretaria.