O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas conduziu o inquérito sobre o caos no sistema de saúde em janeiro deste ano. A denúncia mostra que o Ministério da Saúde e o governo do estado sabiam da necessidade de transferir pacientes graves, contaminados pela Covid-19.
Entretanto, os mesmos optaram por esperar o agravamento da crise para começar a transferir pacientes para outros estados. Documentos mostram que, no dia 12 de janeiro, a pasta já sabia que seria preciso fazer as movimentações, mas o ministério só iniciou a elaboração de um plano de evacuação após doentes morrerem por asfixia pela falta de oxigênio hospitalar.
Nos documentos da investigação, consta que o Ministério da Saúde e o governo do Amazonas esperaram pela piora da crise no Amazonas. O Ministério Público Federal, resultou que houve uma ação por improbidade administrativa contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Contudo, outras cinco pessoas, entre elas o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo são acusados de omissão ao terem retardado o início de ações. Se realizadas de imediato, poderiam ter evitado a crise no sistema de saúde do Amazonas no início do ano.