Na manhã desta sexta-feira (30), o estado de Goiás atingiu a marca de 15 mil mortes por complicações da Covid-19. Este total é em 10 dias após o estado chegar em 14 mil óbitos, que foram registrados no último dia 20.
Estes números são atualizados no painel online da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). O intervalo a cada 1 mil mortes confirmadas já foi menor entre março e abril deste ano, quando Goiás viveu o pior momento da pandemia, até agora.
Em um curto intervalo de apenas sete dias, aconteceram de 13 a 14 mil mortes em todo estado. Anteriormente, entre a confirmação de número 12 mil e a de 13 mil, o intervalo havia sido de oito dias. Já na segunda quinzena do mês de março, a média a cada mil mortes por Covid-19, foi de nove dias no estado.
Apesar do aumento desse intervalo, verificado desta vez, o que indicaria possível redução da velocidade das mortes, a taxa de letalidade segue alta em Goiás. O painel da SESGO informa uma taxa de 2,72%. Dos 15 mil óbitos confirmados, 8.540 foram de homens e 6.460 de mulheres.
O fato é que as 15 mil mortes registradas nesta sexta-feira (30), representam uma triste realidade para o estado de Goiás. Sendo que 71,5% das cidades goianas têm população menor. Fazendo uma comparação, 176 das 246 cidades goianas têm uma população menor que 15 mil habitantes.
Algumas cidades que se enquadram nessa situação são: Alto Paraíso de Goiás, Araguapaz, Abadia de Goiás, Cavalcante, Aruanã, Aragoiânia, Corumbá de Goiás, Nova Crixás, Firminópolis e Guapó.
Faixa etária das vítimas
Em Goiás, é notável a parcela significativa dos casos que resultaram em morte entre pessoas de 60 a 79 anos de idade. A maior quantidade de óbitos ocorreu entre pacientes de 70 a 79 anos, com um total de 3.660 confirmações.
Isso não significa, no entanto, que não existam casos entre os mais novos. Goiás já registrou 15 mortes por Covid-19 em crianças com menos de 10 anos.
Em Anápolis, por exemplo, a garotinha Heloísa Alves da Mata, de apenas 3 anos, morreu no dia 8 de abril em um hospital de Goiânia, depois de enfrentar complicações geradas pela doença e sofrer oito paradas cardiorrespiratórias.