O Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Luziânia, realizou na manhã dessa sexta-feira (09), a Operação Cura. A ação visa combater irregularidades na campanha de vacinação contra a Covid-19 no município. Segundo o comando, o Poder Judiciário ordenou dois mandados de buscas domiciliares a profissionais de saúde que, de acordo com as apurações, teriam atuado de forma irregular, favorecendo outras pessoas a passar na frente nas filas de vacinações.
Segundo o Gepatri, "o esquema “fura-fila” revela a gravidade das condutas, que acabam prejudicando outras pessoas que, por estarem em grupos de maior risco, deveriam ser vacinadas antes, o que certamente evitaria centenas de mortes geradas pela pandemia que afeta toda a coletividade."
Em depoimentos, uma das profissionais revelou que favorecia pessoas que não preenchiam os requisitos para serem vacinadas naquele momento. A operação ainda apreendeu objetos que serão uteis para as investigações, o que pode indiciar mais pessoas envolvidas no esquema criminoso.
Caso as profissionais sejam condenadas pela Justiça, elas poderão receber pena de mais de 13 anos de prisão, pelos crimes de peculato-desvio e de infração de medida sanitária preventiva.
Além disso, os indivíduos que foram vacinados irregularmente também podem responder pelo crime de associação criminosa. Caso seja comprovado que os envolvidos sabiam que estavam sendo favorecidos, indevidamente, ao serem vacinados mesmo sem preencher os requisitos estabelecidos pela campanha de vacinação naquele momento.