Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quatro dessas variantes, são classificadas como "preocupantes".
Em solo nacional já foram identificadas 93 variantes do vírus da Covid-19. Todas elas foram encontradas em pacientes brasileiros. A maior parte das variantes foram identificadas em São Paulo, com 35 mutações diferentes do vírus. Além de SP, Rondônia, Roraima, Amapá, Piauí e Tocantins, também identificaram seis linhagens.
As informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressaltam que: "as variantes do coronavírus surgem à medida que o organismo se multiplica, o que acontece quando ele infecta uma pessoa. Nesse processo, mutações aleatórias acontecem no código genético do vírus. É assim que surgem as variantes. É por isso que quanto mais gente pegar a doença, maior a probabilidade de surgir uma nova linhagem da doença. Essas linhagens podem perdurar ou desaparecer, já que elas não são necessariamente mais perigosas do que a que originou a mutação".
Ainda sim, a comunidade cientifica acompanha o surgimentos dessas variantes, para certificar que elas não apresentam novas ameaças, pois para ser classificada como variante, a mutação segue alguns critérios, como: o aumento da transmissibilidade ou a virulência da doença. Para as que são consideradas preocupantes, é possível que o vírus seja mais resistente aos combates adotados, como: a redução da eficácia de diagnósticos, vacinas ou terapias.
Algumas dessas mutações, já foram identificadas desde o ano passado, como por exemplo, a Alpha, também conhecida como B.1.1.7, encontrada pela primeira vez no Reino Unido. A variante Beta, que engloba a B.1.351, B.1.351.2 e B.1.351.3, também foi encontrada no ano passado na África do Sul. A Gamma ( P1, P1.1 ou P1.2) descoberta em Manaus, em novembro do ano passado.
E a última variante, a Delta (ou B.1.617.2). Ela surgiu na Índia e foi encontrada pela primeira vez em outubro de 2020. No Brasil, cinco estados já tiveram casos dela: Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
O médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro aponta que é preciso reforçar a importância das medidas de distanciamento social, mesmo para as pessoas que já foram vacinadas. Ele indica que o mais importante para o combate ao coronavírus é a vacina.
Com informações do Metropoles*