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Um estudo da Fiocruz reforça as evidências sobre a eficácia do uso da máscara para conter a transmissão do novo coronavírus. Considerando que as crianças também podem transmitir e desenvolver a Covid-19, é fundamental que as famílias incentivem o cuidado. Mas atenção, tanto a Academia Americana de Pediatria, quanto a Sociedade Brasileira de Pediatria, não indicam o uso para crianças menores de 2 anos.
Segundo enfermeira e professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG), Karina Machado Siqueira, "Crianças menores de 2 anos possuem maior risco de sufocação com uso de máscaras e, além disso, maior limitação para compreender a necessidade do uso e manutenção da máscara no rosto. Entre 2 e 5 anos, as crianças ainda podem ter alguma dificuldade, mas costumam aceitar melhor o uso da máscara", explica.
De acordo com Karina, é importante que a máscara se adapte bem ao rosto da criança para que ela consiga permanecer usando por um período prolongado.
"Os responsáveis pelas crianças devem sempre supervisionar o uso, é muito importante que a máscara esteja ajustada ao rosto, permitindo boa vedação e conforto para a criança. Utilizar estratégias lúdicas para ensinar a criança sobre a necessidade de usar máscaras pode favorecer sua adesão no contexto da pandemia", ressalta a enfermeira.
Lembrando que toda máscara é de uso individual, por isso não deve ser compartilhada. "Assim como para adultos, é recomendado a troca da máscara cirúrgica ou de tecido a cada 3h e, caso a máscara fique úmida ou apresente alguma sujidade, é necessário trocar imediatamente. É importante que se tenha sempre uma máscara limpa, disponível para troca", destaca Karina.
A profissional da saúde ressalta que, mesmo usando máscaras, medidas como distanciamento social e higiene das mãos são essenciais e todas as crianças precisam ser orientadas a respeito disso.
