A Universidade Federal de Goiás desenvolveu um método para testar se o álcool gel 70% tem a qualidade oferecida na embalagem. Uma pesquisa mostrou que 40% das amostras analisadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo não tinham a composição recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para proteger da Covid-19.
A análise mostrou que 28 álcool gel, vendidos, estavam fora do padrão. O ideal é ter uma concentração de 60% a 80% de álcool para ser eficiente na desinfecção.
“Se 40% dos produtos vendidos estão com conteúdo inadequado de etanol, isso significa que boa parte do nosso mercado está fornecendo à população um produto que não tem eficácia adequada para o combate à Covid", destacou Nelson Roberto Antoniosi Filho, professor e coordenador-geral do Lames/UFG.
Ele explica que já existiam normas de controle de qualidade para se produzir álcool 70% em sua forma líquida, que é a mistura do etanol com água, mas ainda não havia nenhum procedimento de controle de qualidade para o álcool gel, que é o etanol misturado com água, seguido da adição do espessante. Agora será preciso que os pesquisadores trabalham na parte burocrática, para adequar a metodologia nas normas técnicas oficiais, para que seja aceita pelos órgãos nacionais de saúde.
Com informações do G1*