A Polícia Civil apreendeu um menor, de 16 anos, suspeito de matar a adolescente Shayda Munielle, de 17, grávida de sete meses, cujo corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição no Parque Ecológico Serra de Jaraguá, na região central de Goiás. De acordo com o delegado Marco Antônio Maia, responsável pelo caso, o adolescente era ex-namorado da vítima e confessou o crime. “Ele disse que a matou para acabar com boatos de que ele não era o pai da criança que ela esperava”, explicou.
O corpo de Shayda foi encontrado no sábado (4) por um detento da cadeia da cidade, que havia fugido na última sexta-feira (3). Segundo a polícia, o preso estava cruzando o parque para encontrar com um comparsa, que o ajudaria na fuga, quando encontrou o corpo, que estava a cerca de 50 metros do topo da serra.
Quando a polícia conseguiu recapturar o fugitivo, ele informou que havia localizado a vítima e levou a polícia até o local, que fica em uma área de difícil acesso. O Corpo de Bombeiros foi acionado e utilizou técnicas de rapel e multiplicador de força para retirar a garota morta, que foi entregue à Polícia Técnico-Científica.
O delegado explicou que desde o início suspeitava do adolescente, pois ele manteve um relacionamento com a vítima na época em que ela engravidou. “Os dois namoravam e estavam separados há cerca de cinco meses. Sendo assim, ela engravidou ainda quando os dois estavam juntos. Apesar disso, o menor suspeitava de que não era o pai da criança e disse não suportar os comentários de populares de que ele havia sido traído. Por isso, ele a matou”, relatou.
Enforcada
Maia contou, ainda, que o suspeito usou um pedaço de jeans para enforcar Shayda. “Ele premetidou o crime, levou essa tira de pano, a chamou até a serra e, após uma conversa, a enforcou. Depois, jogou o corpo em uma ribanceira. Mesmo dizendo que está arrependido do que fez, acredito que ele agiu com muita frieza o tempo todo”, disse.
O menor foi localizado nesta segunda-feira (6) e levado inicialmente para a delegacia de Jaraguá. No entanto, para preservar sua integridade física, ele foi transferido para um local não revelado pela polícia. “A população está muito revoltada com esse caso, pois ele participou do enterro da vítima, prestou apoio aos familiares, então, mostrou crueldade, pois sabia de tudo o que tinha acontecido. Se deixássemos ele lá, seria linchado”, destacou o delegado.
Segundo Maia, o menor vai responder pelos atos infracionais de ocultação de cadáver, homicídio e aborto. “Infelizmente, pelas nossas leis, ele não passará mais do que três anos apreendido. Apesar da crueldade do crime que cometeu, ele estará de volta na sociedade em pouco tempo”, concluiu.