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Desemprego cresceu pela quarta vez seguida na região metropolitana de São Paulo

A taxa de desemprego cresceu pela quarta vez consecutiva, em maio, nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo. O índice passou de 12,4% (em abril) para 12,9% (em maio), segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita em conjunto pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em maio do ano passado, a taxa ficou em 11,4%.

De acordo com a nota técnica, não é comum ocorrer elevação do desemprego nesse período do ano. A situação foi mais crítica na região do ABC paulista, onde a taxa aumentou de 12,1% para 12,7%. Na  capital paulista a taxa atingiu 12,5% sobre 12,2% em abril. Nos demais municípios, a média ficou em 13,5% da População Economicamente Ativa (PEA) enquanto no mês anterior a variação foi 12,7%.

O total de desempregados foi estimado em 1,435 milhão de pessoas, com acréscimo de 68 mil em comparação ao mês anterior. Houve uma ligeira ampliação na oferta de vagas, em 0,3%, o equivalente, a abertura de 27 mil postos de trabalho. A geração de empregos foi proporcionalmente inferior a demanda por vagas, com a entrada de mais  95 mil pessoas no mercado de trabalho. Em 12 meses, o total de desempregados foi 186 mil pessoas, devido o resultado do corte de 25 mil postos de trabalho e a entrada de 161 mil pessoas na disputa por vagas.

O setor da construção abriu novas oportunidades de emprego. Em maio último, foram criadas 41 mil vagas, representando um aumento de 5,9% em relação a abril. No segmento dos serviços, houve ligeira ampliação, de 0,5%, com 26 mil empregos.

A indústria apresentou um saldo negativo com o fechamento de 25 mil postos de trabalho, significando um recuo de 1,6% comparado a abril. O comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas também eliminou vagas, um total de 5 mil, com queda de 0,3%.

O levantamento mostra que, paralelamente, ao desemprego, aumentou a precarização no mercado de trabalho com um avanço de 2,8% nas contratações de assalariados pelas empresas do setor privado sem carteira assinada e uma redução de 1,8% nas admissões com carteira.

Em relação aos rendimentos, foi constatada pequena elevação nos ganhos dos assalariados (de 0,3%), com valor passando para R$ 1.930.

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