Divania Rodrigues,Da editoria de Cidades
Madona, Fiona e Maria Rita são consideradas “filhas peludas”, maneira carinhosa como a jornalista Ana Cléia de Souza, 32 anos, se refere às cachorras de estimação que a acompanham há algum tempo. Ela e o marido tratam os animais como parte da família. Essa relação de amor com os animais, principalmente cães, está cada vez mais comum nos lares brasileiros. É o que revela pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, em 44,3% dos domicílios brasileiros havia cães. Em números, o total chega a cerca de 28,9 milhões de lares que abrigavam a população média de 1,8 cachorros por domicílio. Isso equivale a cerca de 52,2 milhões de animais.
Levando-se em consideração dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2013, que mostrou que o país tinha 44,9 milhões de crianças de 1 a 14 anos, pode-se dizer que atualmente o Brasil tem mais cachorros do que crianças.
Relação de amor
Madona e Fiona eram consideradas irmãs de Ana Cléia, que passou a dona dos cães depois que sua mãe mudou-se de Goiânia para outro Estado. “Decidi ficar com elas [cães], aí de mãe, minha mãe passou a ser só avó”, conta a jornalista animada em poder falar sobre suas “filhas peludas”. A outra cachorra da família era do marido e veio junto na época do casamento: “Maria Rita estava com ele há 15 anos.”
Ana Cléia explica que sempre teve amor aos animais, mas se dedica um pouco mais às suas cachorras depois da decisão de não ter filhos. “A gente deposita toda essa atenção e carinho nas cachorrinhas e como eu gosto muito de bichos eu as considero como filhas mesmo”, conta.
A jornalista indica para os amigos a amizade canina e faz questão de pedir que os cães sejam adotados, porque para ela não importa a raça ou origem do pet. Ainda alerta aos que criticam sua relação de amor com seus animais de estimação: “Não admito que ninguém as trate mal, de jeito nenhum. Deus me livre!”
Pesquisa
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), elaborada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde (MS), visitou cerca de 80 mil domicílios, em 1.600 municípios do país, no segundo semestre de 2013. O MS levará essas informações em conta para fazer o planejamento na compra de vacinas.
Menos gatos
Na briga entre cachorros e gatos, pelo menos quanto ao número, os cães estão levando vantagem. A quantidade de gatos é bem menor do que a de cães. A população de felinos identificada durante a pesquisa foi estimada em apenas 22,1 milhões.
Sua presença foi verificada em 17,7% dos domicílios que possuíam pelo menos um felino. Isso equivale a 11,5 milhões de casas brasileiras, o que representa aproximadamente 1,9 gato por domicílio.
SAIBA MAIS
- - 44,3% dos domicílios brasileiros têm cães, diz a pesquisa do IBGE: 28,9 milhões de lares abrigam a população média de 1,8 cachorro por domicílio.
- 52,2 milhões de cachorros convivem com humanos no Brasil. População de gatos é de 22,1 milhões.
- Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2013, mostra que o Brasil tinha 44,9 milhões de crianças
- A presença dos gatos é verificada em 17,7% dos domicílios. Isso equivale a 11,5 milhões de casas brasileiras (1,9 gato por domicílio).