A partir de hoje 16/07, a gestante que optar em realizar cesariana terá que pagar pelo procedimento, além de obter uma justificativa médica. A norma faz parte de uma portaria do Ministério da Saúde para reduzir o índice alto de cesariana.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez vários alertas sobre o perigo da realização desse procedimento cirúrgico sem a necessidade médica. Segundo a OMS, os partos normais são quase três vezes mais seguros que as cesáreas.
Dados de um estudo realizado na Ásia, com 107 mil mulheres, apontou que quando a criança nasce por meio dessa intervenção, sem indicação médica, o perigo de complicações na saúde da mãe como a necessidade de fazer transfusão de sangue, o encaminhamento dos bebês após o nascimento para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o aumento da mortalidade de ambos são 2,7 vezes maior.
O Brasil vive hoje uma 'epidemia' de cesáreas, sendo o país com maior índice de realização desse procedimento no mundo, 52%. A OMS recomenda que apenas 15% dos partos sejam cesarianas, contudo, em algumas unidades de saúde, sobretudo as particulares, esse número chega a 90%.
Em 2010 o Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) cumpra o papel de regulamentar os planos de saúde, obrigando-os a tomar providência para aumentar os partos normais e que diminuíssem as cesarianas.
Portanto, a gestante que optar em fazer esse procedimento, terá que pagar à vista. As operadoras dos planos não precisarão cobrir. Para receber, o médico também terá que justificar o procedimento.