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Homem destrói loja da Nextel que não cancelou serviços

Tom Carlos

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Entre várias dúvidas, existe cada vez mais uma certeza nas cybercidades: as telefônicas são as empresas mais odiadas na era moderna.

Responsáveis por conectarem as pessoas, elas oferecem serviços sensíveis ao lado mais emocional dos clientes. Daí as explosões inesperadas de sentimentos contra elas.

O grupo Vivo/Telefônica lidera o ranking das em­presas que receberam mais reclamações fundamentadas em 2014, de acordo com levantamento divulgado pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP). A entidade vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo é apenas uma a apontar a revolta popular contra as telefônicas.

E não é apenas a Vivo, mas Oi, Claro, Nextel e Tim são grupos empresarias cujo apanhado de notícias trata em grande parte de reclamações.

Ontem, por exemplo, um cliente entrou em uma loja da Nextel, no Rio de Janeiro, e destruiu o que viu pela frente. Ele queria apenas cancelar o plano. Sem aparentemente conseguir seu intento, voltou para casa, pegou a marreta e foi destruir por completo o local.

Reclamações como a do cliente carioca nervoso não faltam. Além da qualidade dos serviços, considerados mais caros e piores quando comparados com os pacotes do exterior, sobram campanhas maliciosas.

DINHEIRO

Mensagens de telefônicas tentam a todo custo tirar dinheiro e créditos de clientes, com ofertas confusas e que oferecem desde resumo de novelas até piadas e orações. Se o usuário clicar em ok, ele perde de R$ 1,99 a R$ 6,99 ao mês ou mesmo por semana (existem campanhas diárias). “Dias atrás, estava dirigindo meu carro. E chegou uma dessas mensagens: fiquei atônito para desligar o celular, que já estava acabando a bateria, pois aguardava ansioso a ligação de minha mãe. E o que aconteceu: cliquei em ok. Pois quando chega, fica uma tela branca, gastando energia. Fui e cliquei. Dei R$ 6,99 para uma telefônica. Tenho até vergonha de falar isso”, diz a jornalista Maria Alice Freitas, que tenta cancelar os serviços. “Se pudesse, destruía a empresa”, diz.

Desde o ano passado, a Oi, por exemplo, tem enviado mensagens maliciosas em que se o usuário estiver realizando outras atividades e de forma displicente tentar desligar a luz que surge, terá clicado em um ok. O teste de raciocínio (por dia) oferecido pela empresa custa R$ 0,99 e o cliente terá que arcar com o serviço até conseguir cancelá-lo.

Um cliente enviou ao Diário da Manhã a imagem do celular com a ‘promoção’ da Oi, que pode arrecadar milhões de reais em um simples clique dos usuários espalhados no Brasil. Basta imaginar quantas pessoas no país passam pela mesma experiência.

FÚRIA

Ontem, um cliente da empresa de telefonia Nextel, irritado por não conseguir fazer o cancelamento do plano, destruiu a loja da telefônica na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A empresa lamentou o fato em nota. Conforme a Nextel, nenhum funcionário ficou ferido. A empresa diz ainda que pretende primeiro avaliar os prejuízos financeiros e só depois avaliar se compensa procurar a Justiça.

A OI e Vivo não retornaram aos questionamentos da reportagem.

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