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Cerca de 30 líderes comunitários de Goiânia visitaram o Diário da Manhã para dar um abraço coletivo ao jardim da liberdade e nos pequenos lagos que abrigam espécies de peixes variadas, localizados na sede do periódico. Recentemente, mais de 60 litros de óleo diesel foram derramados nas plantas e nos tanques de peixes que ficam nos jardins que circundam o prédio da administração e redação. O ato simbólico dos representantes de bairro aconteceu na manhã de ontem em decorrência da ação criminosa cometida contra o jornal. Apesar de o atentado ter causado grande prejuízo ambiental, o jornalista e editor-geral Batista Custódio diz não temer a intimidação.
Para as lideranças comunitárias, a solidariedade contraria a brutalidade: “é o reconhecimento do árduo trabalho do ao longo de sua existência em prol dos goianos”. Para eles o periódico tem sido uma tribuna de onde autênticos representantes de bairros fazem soar a voz das comunidades, onde cobram das autoridades atenção às suas principais demandas. Os líderes enxergam no jornal uma publicação que se identifica também com o cidadão goianiense e que sempre o amparou com abnegação.
Unânimes
De acordo com Ulisses Sousa, líder do Bairro Vila União, região sudoeste da Capital, a situação de intimidação sofrida pelo periódico “é extremamente grave. Não podemos compactuar com tamanha atrocidade humana, se é que podemos chamar o autor dessa barbárie de ser humano. Todas as lideranças estão consternadas com essa agressão ao meio ambiente, ao jardim da liberdade e aos peixes ornamentais mortos. Estamos juntos com o Diário da Manhã contra os ataques às liberdades de expressão e de imprensa.”
O fundador e presidente de honra da ONG+Ação, ex-deputado Leandro Sena lamentou o crime contra a natureza. “Crime lastimável. O
é um jornal que sempre ofereceu apoio e preservou áreas de preservação ambiental. Além disso, Batista Custódio nunca se refutou a defesa do meio ambiente e dos ambientalistas. Qualquer pensamento concreto contra esse patrimônio natural e outras áreas verdes devem ser punidos”, asseverou.
Mauro Soares do Carmo, líder dos bairros Vila Rezende e Jardim Planalto, região sudoeste, diz que o jornal sempre se pautou “pela honestidade dos fatos e pelo enfrentamento daqueles que tentaram de alguma forma destruir a flora e a fauna”, assegurou. Ele ainda emendou: “Esperamos que as autoridades policiais tomem as devidas providencias e deem nome aos culpados ou culpado. O jardim e os lagos com peixes, deste veículo, foram vítimas da opressão da liberdade de imprensa. Mas ainda bem que Batista Custódio nunca se calou diante tamanhas ofensas.”
Reconhecimento
A beleza e a relevância do pequeno espaço verde do periódico foi motivo de reconhecimento também do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Anselmo Pereira. O jardim do é objeto de projeto de lei que pede seu tombamento devido às riquezas naturais e artísticas que abriga desde sua fundação. O projeto de lei complementar n. 495 declara que o jardim pode ser tombado, inclusive o acervo de pinturas e de esculturas. O local abriga inúmeras obras do artista Omar Souto.
Para Ailton de Oliveira, representante do Setor Novo Horizonte, o Diário da Manhã é uma avenida onde todos os moradores e líderes comunitários caminham para fazer suas reivindicações. “No jornal, não há um pedido que não seja atendido”, afirma. Ele ainda acrescenta: “[o]é de fato uma tribuna livre e por isso não pode ser calada, jamais intimidada”, declarou Ailton, que também é vice-presidente da Associação dos Moradores daquele bairro.
Jonas Rocha, liderança do Setor Faiçalville, assina, também, um abaixo-assinado em defesa do veículo de comunicação. Para ele, o jornal é um libelo da democracia e da participação popular. Segundo Rocha, o tem a dimensão da grande liberdade e contra os que rejeitam o povo nas suas reivindicações. “Por isso, deve ser respeitado como uma águia no voo de sua completa liberdade”, ponderou.
Tribuna
O líder Valdemir Ferreira, da Região Leste, é outro que defende a maciça presença comunitária nas páginas do Diário da Manhã. Para ele, sempre os representantes da comunidade procuram o jornal para suas reivindicações, são atendidos com a maior lisura e decência possível. Por isso, não vê nada que possa interromper essa luta do jornal, assegurou.
As lideranças comunitárias sempre estiveram ao lado do , pois para eles, no jornal tem tido espaço decente, de trincheiras para suas lutas. Eles contam que não são poucos os que são regurgitados pelas mídias elitizadas, que não aceitam as reivindicações - em suas palavras os pedidos dos ‘pés de toddy’ (aqueles que têm os pés marcados pelas poeiras diárias das dificuldades).
Ulisses Sousa, do Bairro Vila União, é um dos líderes comunitários mais entusiasmados com a luta e a história do jornal. É dele o testemunho, que representa também o pensamento dos demais companheiros: “O
é a nossa tribuna, onde o que falamos ressoa como uma flecha, o que pedimos é ouvido por todas as autoridades”, garante. Ele ressaltou que todas as vezes que uma reivindicação sai nas páginas deste periódico, ela é solucionada: “é resolvida em questão de horas.”
Saiba mais
Líderes comunitários que abraçaram o jardim da liberdade
Lindomar Gonçalves Bairro Cidade Jardim
João Paulo Bairro Oriente Ville
Jonas Rocha Bairro Faiçalville
Francisco Tavares Filho Bairro Novo Mundo
Ednamar Aparecida Bairro Recanto das Minas Gerais
Ulisses Sousa Bairro Vila União
Bruno Silva Bairro Real Conquista
Rodrigo de Souza Bairro Cidade Jardim
Professora Gilma Bairro Real Conquista
Idelfonso Santos Bairro Real Conquista
Isabel Teixeira Bairro Novo Horizonte
Itamara dos Santos Bairro Recanto das Minas Gerais
Ailton de Oliveira Jardim das Oliveiras
Carlos Sulim Bairro Vila Redenção
Adriano Rios Residencial Itaipu
Leonice Silva Bairro Oriente Ville
Valdemir Ferreira Bairro Recanto das Minas Gerais
Newton Santos Bairro Conjunto Riviera e Novo Mundo
Iraci Guimarães Bairro Madre Germana II
João José Sousa Junior Bairro Jardim América
Mauro Soares do Carmo Bairro Vila Rezende e Jardim Planalto
Leandro Senna ONG +Ação
Sebastião da Paz
Gesner Alcino da Silva
João Rosa Ferreira
