A costureira Evanilde da Silva Rodrigues ganhou um motivo para sorrir e diminuir o temor por que passa há quase oito meses. Ela convive diariamente com a terrível notícia de ter extirpado um tumor maligno no intestino e descobrir que o câncer havia evoluído para metástase no fígado e no pulmão.
Evanilde recebeu um frasco com 60 cápsulas do medicamento Fosfoetanolamina, que em inúmeros pacientes promoveu uma regressão dos tumores e em alguns casos garantem que fez a cura do câncer. “Essa é a dádiva que eu esperava para poder curar esse câncer. É a esperança que eu tenho de ficar curada e viver muito ainda”, comentou ela.
O medicamento foi doado por um benfeitor que pediu para ser mantido no anonimato que ficou compadecido quando leu uma reportagem no Diário da Manhã de que a Justiça goiana havia determinado à Secretaria Estadual de Saúde que providenciasse a Fosfoetanolamina a um paciente em estado terminal com câncer.
Após ler a reportagem esse benfeitor procurou a reportagem do DM e disse estar de posse de um frasco do medicamento e pediu para que a primeira pessoa a procurar por ele fosse agraciada. “O restante dos frascos virão ao longo dos meses”, garantiu esse benfeitor anônimo.
Evanilde procurou a redação no dia seguinte à disponibilidade do remédio. Marcado o encontro para que lhe fosse entregue ela não continha a emoção e a esperança de começar logo o tratamento. “Não via a hora de começar a tomar logo esse remédio para poder ficar curada”, dizia ela.
Angústia
O tumor de cinco centímetros, maligno, e células cancerosas já se instalaram no fígado e no pulmão. Evanilde consultou um médico no início do ano com fortes dores abdominais. Encaminhada para ser submetida a uma cirurgia com urgência, ela, que é natural de Nazaré, no Tocantins disse com sua ingênua simplicidade achar que seu problema era “nó nas tripas”. Após a cirurgia veio a notícia terrível: o tumor de cinco centímetros era maligno e células cancerosas já haviam se instalado no fígado e no pulmão. Difícil de conceber, principalmente porque ela nunca fumou na vida, não convive com fumantes em casa e aparentemente está fora de um grupo de risco.
O problema crônico que sempre teve de intestino preso pode ter sido o causador dessa moléstia, avalia ela. Mesmo assim ela encarou com coragem e determinação o tratamento após a cirurgia e conta que sempre teve esperança de ficar curada.
Aos 53 anos, casada, com quatro filhos e dois netos Evanilde narra que quando viu uma reportagem no programa televisivo Fantástico, que é veiculado aos domingos na TV Globo, narrando sobre a Fosfoetanolamina e os casos de cura de câncer que pacientes relatavam ela pensou logo em procurar. “Desde que vi essa notícia eu tenho como esperança de cura para poder viver a dádiva que peço a Deus sempre para encontrar esse remédio”, conta ela com os olhos rasos d’água.
Impossível conter as lágrimas ao ouvir seu relato. A esperança que brota junto com o brilho de seus olhos ao falar da esperança de ficar curada é contagiante e renova as esperanças de que milagres possam ser operados.
O benfeitor que enviou o frasco com as 60 cápsulas para Evanilde disse que o uso recomendado é de duas doses por dia no primeiro mês e uma cápsula nos cinco meses seguintes. Ela ficou de narrar mensalmente o resultado do uso do remédio e se comprometeu a dar testemunho do que ficar patenteado.
Saiba mais
A Fosfoetanolamina Sintética é um medicamento descoberto pelo professor de química da Universidade de São Paulo, Gilberto Orivaldo Chierice, já aposentado. Ele coordenou por mais de 20 anos os estudos em busca dessa droga no campus da USP em São Carlos, interior de São Paulo. A droga age como um “sinalizador”, indicando para o sistema imunológico as células cancerosas que serão combatidas pelos glóbulos brancos.
“A fosfoamina está aí, à disposição, para quem quiser curar câncer”, diz incessantemente Gilberto.