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Morre idosa que inalou gases tóxicos liberados por incêndio no Guarujá

SÃO PAULO — Morreu nesta segunda-feira uma idosa que inalou a fumaça tóxica causada por vazamento de gás no Guarujá, litoral de São Paulo, ocorrido na semana passada. Segundo laudo do Instituto Médico Legal de Jundiaí, Leia Magalhães de Maria, de 68 anos, morreu por insuficiência respiratória e pneumonite química causada por inalação de fuligem e gases tóxicos.

Leia morava no bairro Sítio Paecara, no distrito de Vicente de Carvalho. Na quinta-feira (14), após inalar a fumaça tóxica, a idosa teve náuseas, vômito e asfixia. Um dos filhos a levou para Jundiaí, no interior de São Paulo, cidade onde ele reside. Nesta segunda-feira, parentes acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município de Jundiaí para o atendimento. A idosa estava com queixa de vômito persistente há quatro dias e mal súbito e foi encaminhada para o Hospital das Pitangueiras, onde recebeu cuidados médicos, mas não resistiu e morreu. O corpo foi enterrado às 10h desta terça-feira no cemitério Consolação, em Vicente de Carvalho, onde a idosa morava.

Um dos filhos da vítima registrou um boletim de ocorrência no 6º Distrito Policial de Jundiaí por morte suspeita.

A fumaça tóxica ocorreu durante incêndio que durou 37 horas em um terminal de cargas da Localfrio, localizado à margem esquerda do Porto de Santos em Vicente de Carvalho, e foi extinto apenas na madrugada do último sábado. O fogo atingiu 50 contêineres que estavam no pátio do armazém da empresa.

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As autoridades investigam as causas do acidente. O Ministério Público do Guarujá abriu um inquérito para apurar os danos. De acordo com a Localfrio, a empresa contratou técnicos para avaliar os motivos do acidente e e está estudando quais são medidas necessárias para minimizar as consequências.

Segundo a empresa, por volta de 15h30m da última quinta-feira, um contêiner que armazenava ácido dicloroisocianúrico de sódio foi invadido pela água da chuva. A reação química desencadeada por esse processo gerou uma fumaça tóxica que se espalhou pelos municípios de Guarujá, Santos, São Vicente, Cubatão e Praia Grande. Moradores de bairros vizinhos ao local do acidente foram aconselhados ainda na quinta-feira a deixarem temporariamente suas casas.

De acordo com a Prefeitura do Guarujá, até o meio-dia de sábado 175 pessoas procuraram os hospitais da região por terem inalado os gases tóxicos. Na manhã de sábado, a fumaça tóxica ainda causava problemas em Santos. Moradores relataram forte cheiro de cloro no ar, além de ardência na garganta e nos olhos.

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