A 2ª Vara Cível e Criminal da comarca de Iporá, na região oeste de Goiás, foi alvo de um incêndio supostamente criminoso na madrugada de domingo, 29. De acordo com a Polícia Técnico-Científica, o incêndio começou por volta das 3h da manhã e as chamas atingiram grande parte do gabinete do juiz Wander Soares Fonseca. Vários processos e equipamentos foram danificados. Ninguém se feriu.
O incêndio atingiu todo o cômodo e se alastrou para a sala de audiências. O Corpo de Bombeiros foi acionado pelo segurança que estava de plantão no local. A corporação divulgou que teve de arrombar a porta, que estava trancada, para combater as chamas.
A polícia esteve no local para realizar a perícia e fazer o levantamento do material encontrado, além disso, informou que as câmeras de segurança do Fórum não estavam funcionando no momento do crime. Durante a vistoria, a equipe encontrou vestígios do incêndio para apurar qual substância química foi utilizada para promover o incêndio, além de retirar parte da grade da janela que foi arrombada para identificação das digitais. O caso será investigado pela Polícia Civil de Iporá.
A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) divulgou uma nota de repúdio ao ocorrido. A entidade expôs que o autor do delito pode ter usado a janela do gabinete para lançar um produto inflamável nos armários do Fórum. Além disso, afirmou que o ataque representa “intimidação ao juiz Wander Soares, no exercício de suas funções constitucionais, acabando por atingir toda a magistratura goiana. O ato é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e causa danos ao Poder Judiciário, bem como a toda sociedade”.
A entidade ainda declarou que a "Comissão para Assuntos Relativos à Segurança dos Magistrados da ASMEGO concluiu proposta de plano de segurança para o Poder Judiciário estadual, que será encaminhada ao TJGO".
A polícia divulgou que o levantamento sobre os danos ainda estão sendo apurados e o possível autor ainda não foi identificado.