Em entrevista consentida à revista Veja da edição de sábado, 11, Fabiano Santos Gonzaga de 28 anos, padre acusado de estuprar um adolescente de 15 anos, com deficiência mental, em um clube de Caldas Novas, em Goiás, afirmou que não havia condições de cometer o crime na sauna do clube, por se tratar de um local público e ter permanecido apenas alguns minutos no local. Ele alega que tentou conversar com o garoto, mas não obtendo resposta saiu da sauna.
Em seguida, o garoto teria contado à mãe que havia sofrido abuso do pároco. Contrapondo a versão da possível vítima, Fabiano diz que o jovem teria se interessado por ele e como não foi correspondido, ele inventou a história para prejudica-lo.
“Tentando pensar sobre isso, cheguei à conclusão que o menino ficou interessado em mim, mas como eu não correspondi ele acabou inventando toda essa história por ter um retardo mental. A mãe tomou a história como verdadeira e já veio me acusando por eu ser minoria”, explicou o padre à Revista.
Ainda em entrevista, o padre se disse injustiçado e afirmou se preocupar com sua família e acrescentou que sua “vida religiosa na paróquia mostra o contrário de tudo isso que estão acusando”.
Fabiano foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, na sexta-feira, 10, pela Polícia Civil, porém, não há provas materiais que possam comprovar o abuso e o que pesa contra o acusado, são depoimentos de testemunhas, além de fotos e conversas de cunho pornográfico presentes no aparelho celular do padre. Apesar de o material não provar o fato em si, a polícia explica que os itens descobertos servem para traçar um perfil de Fabiano e denota seu desvio de conduta com relação à função que exerce.