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A Polícia Federal (PF) juntamente ao Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), deflagraram na manhã desta quinta-feira (30/6), a Operação batizada de Tabela Periódica, que prevê o recolhimento de documentos que comprovem o envolvimento de empreiteiras e de seus executivos na prática de cartel, fraude em licitações e pagamento de propina a ex-diretores da Valec, relacionados aos contratos de construção das ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste, divulgados pela Camargo Corrêa.
A operação é um desdobramento das investigações da Operação Lava Jato e uma nova etapa da Operação o Recebedor. A ação prevê o cumprimento de 44 mandatos de busca e apreensão e 14 mandatos de condução coercitiva em Goiás e em mais oito Estados.
O Procurador da República, Hélio Telho, divulgou durante uma coletiva de imprensa que em Goiânia foram cumpridos dois mandatos de busca e apreensão nas construtoras Fuad Rassi e Sobraso. No total, 37 empresas estão envolvidas no esquema de cartel e algumas delas agem de forma fraudulenta desde 2000, segundo as investigações.
A PF informou que nas investigações anteriores já haviam indícios de prejuízos aos cofres públicos em um total de R$ 631.544.676,51, considerando apenas trechos executados na construção da Ferrovia Norte-Sul, no território goiano. Hélio Telho divulgou que ainda há muito o que se analisar, como e-mails e contratos, mas que já se confirmou o pagamento de propinas para a manutenção do cartel, além de lavagem de dinheiro.
Todos os envolvidos responderão por crimes aos quais as penas máximas podem chegar a 12 anos de prisão.
