Os três universitários suspeitos de atacar concessionárias e pessoas usando bolas de gude, pedras e chumbinho, em Goiânia, tiveram prisão preventiva decretada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1º Vara Criminal da Capital. Desde maio o trio respondia pelos crimes em liberdade e até a noite de ontem, segunda-feira (6/6), ninguém havia sito preso.
A Justiça divulgou que Adriano Araújo Dias, de 24 anos, Ygo Murilo Maria Silva, de 29, e Antônio Carlos Vieira Filho, de 22, devem ser detidos para que seja assegurada a “ordem pública”. O juiz afirma que se os suspeitos ao ficarem soltos podem voltar a cometer os crimes.
Os três jovens moram em Goiânia e cursam Medicina Veterinária em Anápolis, a 55 km da Capital. De acordo com as investigações, Adriano é o proprietário do veículo usado para cometer os crimes. Ele e Ygo chegaram a ser presos e apresentados pela polícia no dia 13 de maio, mas logo em seguida foram soltos. Antônio se apresentou no mesmo dia, mas também foi liberado.
Na época dos crimes, a polícia chegou até o grupo através da análise de várias câmeras de segurança e quase 1.080 placas de carros com as mesmas características das do usado nos crimes. Pelas imagens a corporação percebeu que em todos os delitos havia um Ford Focus branco passando pelo local.
O juiz divulgou que pelo menos cinco vítimas foram atacadas e tiveram lesões comprovadas por laudos médicos. Dentre elas, um ajudante de caminhão que teve os dentes quebrados e uma faxineira que sofreu uma fratura no osso da mão.
Além dos ataques às pessoas, o grupo também atingiu pelo menos sete concessionárias de Goiânia. Em todos os estabelecimentos, as vidraças foram estilhaçadas após serem atingidas. Os criminosos usavam um estilingue para arremessar os objetos, geralmente bolas de gude.
Os três universitários serão indiciados por lesão corporal, dano ao patrimônio, associação criminosa e tentativa de homicídio.