A Polícia Civil liberou até a madrugada deste domingo, 18, os jovens e adolescentes que foram detidos durante manifestação e ocupação da Escola Estadual José Carlos de Almeida, em Goiânia, ocorrida na manhã de ontem, 17. Os envolvidos protestavam contra o projeto do Governo de Goiás que visa a terceirização da gestão do ensino público por meio das Organizações Sociais (OSs).
Na ocasião, 50 pessoas foram detidas e a grande maioria são estudantes. Eles passaram por depoimento e foram autuados por perturbação do trabalho, uma vez que havia um guarda trabalhando no local e os manifestantes o atrapalharam e por esbulho, pois, ocuparam a escola sem data determinada para sair.
Uma das advogadas do grupo, Ângela Caroline Garcia da Silva, divulgou que os jovens não tinham a intenção de permanecer na instituição de ensino e que eles estavam no local apenas protestando. A tentativa de ocupação foi só uma forma de chamar a atenção pelo ideal contrário à implantação das OSs no estado.
O projeto do governo que visa terceirizar a gestão do ensino nas escolas, as chamadas OSs, são entidades sem fins lucrativos que recebem recursos do estado para administrar um determinado órgão público. O modelo já foi implantado na área da Saúde, mas é inédito na Educação em Goiás.
A Polícia Militar (PM) informou que os manifestantes foram detidos por estarem depredando o prédio. Na ocasião não houve uso de força para detenção dos jovens, que não reagiram à abordagem. Homens e mulheres foram separados. Menores e maiores de idade também. Já a defesa do grupo alega que não houve depredação por parte dos jovens.
Após serem detidos, todos foram encaminhados para a Central de Flagrantes divididos em dois ônibus da PM. Ninguém se feriu.
Reincidência
A escola alvo da tentativa de ocupação, José Carlos de Almeida, já havia sido ocupada pelo mesmo motivo em dezembro do ano passado. A instituição permanece fechada desde agosto de 2014 e atualmente funciona como base do Conselho Estadual de Educação.