Após de mais de um ano de investigações, a Polícia Civil prendeu cinco pessoas na manhã desta quinta-feira, 10, suspeitas de estarem envolvidas em um esquema de venda de vagas e fraudes do vestibular do curso de medicina da Faculdade Morgana Potrich (Famp), em Mineiros. Conforme a corporação, os investigados vendiam as vagas por até R$ 150 mil e podem ter lucrado cerca de R$ 9 milhões.
A polícia informou que entre os detidos está o ex-diretor da instituição, que utilizava o cargo para promover a venda das vagas. As investigações apontam que as pessoas compravam a vaga e ele fazia a matricula direto do novo aluno, sem que o mesmo passasse por um processo seletivo. Eram cobrados valores diversos que chegavam a até R$ 150 mil por vaga.
Durante a ação da polícia, cinco mandados judiciais de prisão preventiva foram cumpridos, sendo três em Goiânia e dois em Mineiros. Os detidos na capital foram encaminhados para o interior, devido à concentração das investigações estarem no local da instituição investigada.
Eles serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato. Além disso, os alunos que se beneficiaram do esquema, também devem responder por estelionato.
Denúncia
O caso começou a ser apurado pelas autoridades em outubro do ano passado, quando a polícia recebeu uma denúncia de boatos que diziam que a faculdade em questão estaria vendendo vagas para o curso de medicina.
No início das investigações, foi localizada uma pessoa que teria comprado uma vaga, porém não chegou a ser matriculada na instituição. Ela indicou aos investigadores as pessoas que teriam vendido a vaga.
A partir de então, foi descoberto que três vestibulares foram fraudados. Esquema que beneficiou cerca de 200 alunos. Segundo a polícia, os processos seletivos não passavam de simulação, uma vez que pessoas que realizaram as provas e tiveram condições de atingir o percentual da nota, não foram aprovadas, pois as vagas já estavam preenchidas com aqueles que haviam as comprado.