Em entrevista à rádio mineira Itatiaia, o presidente Michel Temer voltou a afirmar na manhã desta quarta-feira, 9, ser contra as ocupações de escolas por estudantes que protestam contra a PEC que cria um teto dos gastos públicos e a Medida Provisória que reformula o ensino médio. Ele disse não se importar com os atos.
"A pior coisa é quando acontece isso e você dá muita importância", disse durante entrevista. "Eu sou contra evidentemente", completou, repetindo que o Brasil tem usado "o argumento físico e não intelectual".
A mesma crítica já havia sido feita ontem, 8, em meio a um público de empresários e executivos durante o seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pelo jornal "Valor Econômico" e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na ocasião, o peemedebista disse que muitos dos que participam do movimento das ocupações das escolas não sabem do que se trata a PEC e a MP.
"As pessoas ocupam fisicamente, entram nas escolas, mas se você for perguntar exatamente sobre o que estão combatendo, quais são os dispositivos do texto legal que estão sendo combatidos, não sei se todo mundo conhece, não", afirmou.
Além disso, Temer afirmou que as pessoas precisam aprender a respeitar as instituições e que, ao ocupar prédios públicos, utilizam o argumento físico ao invés do intelectual ou verbal.
Ele propõe que as escolas chamem os estudantes para discutir os temas e não que promovam ocupações dos prédios. "Nossa pauta é do diálogo e do convencimento", afirmou.
O peemedebista ainda acrescentou que os estudantes que não conseguiram realizar as provas do Enem/2016, devido às ocupações, já têm a alternativa criada de uma nova data para fazer o exame."Portanto, ninguém terá prejuízo, sem embargo dos chamados ocupantes terem prejudicado muito os que desejariam fazer as provas", afirmou.
Com informações da Agência Estado.