Foto:Divulgação/SMS Goiânia
O Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) anunciou ontem, 4, que os exames de ultrassonografia, consultas e procedimentos cirúrgicos foram suspensos por tempo indeterminado. Conforme a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), que administra a unidade, as medidas foram adotadas devido a uma dívida da Prefeitura de Goiânia.
A direção do HMDI informou que todos os atendimentos ambulatoriais foram cancelados, inclusive os que já estavam marcados. Desde o dia 13 de março, a unidade não oferece agendamento para novos atendimentos. Os médicos responsáveis pelos procedimentos serão remanejados para o plantão da emergência da ginecologia e obstetrícia.
Suspensão
Com a suspensão dos serviços, devem deixar de ser feitos 1,2 exames de ultrassonografia, 1,2 mil consultas e cerca de 60 cirurgias por mês. Segundo o hospital, por dia são realizados 45 exames em bebês e mulheres a partir de três aparelhos de ultrassom da maternidade.
Após serem desligados, os equipamentos serão encaminhados à sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), onde será decidido onde eles serão reinstalados.
O HMDI explica que a unidade precisa de cerca de R$ 4 milhões por mês para operar normalmente o hospital. Segundo os gestores, a maternidade deve receber R$ 1,7 milhão do Ministério da Saúde, R$ 700 mil através dos exames do Sistema Único de Saúde (SUS) e R$ 1,6 milhão da Prefeitura de Goiânia.
Apesar disso, a direção do hospital afirma que desde junho do ano passado, a prefeitura não realizou os repasses da verba estabelecida à maternidade. A Fundahc informou que a redução dos atendimentos ocorre devido a uma determinação da própria SMS.
Já a SMS informou através de nota, que “os pagamentos vêm sendo feitos regularmente e que só no mês de março deste ano, foram repassados mais de R$ 5 milhões à Fundahc”. A secretaria ainda acrescenta que “desconhece qualquer pedido de retirada dos aparelhos de ultrassom da unidade”.