Leudiane Coimbra de Sousa, 28, está marcada para morrer. É o que ela pensa depois que foi alvejada cinco vezes pelo namorado que não aceitava o rompimento. A cena chocou o país: por três vezes, ela tenta se esquivar do algoz, que tenta dominá-la e conduzi-la até uma motocicleta. De repente, ela foge, mas o homem chega, mira e atira. Se não morreu é outra história – “milagre”, diz ela ao Diário da Manhã.
A violência marcou a vítima a ponto de ela prever o futuro caso a justiça tarde e até mesmo falhe. O que mais espanta na cena é o olhar blasé dos demais personagens que estavam no trânsito. Ninguém acudiu a mulher. Nem mesmo o agente da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), que quase atropelou o criminoso.
O crime ocorreu dia 21 na T-63, setor Bueno.
A jovem parece pedir ajuda, mostra desespero e acaba por sucumbir ao ato violento e desleal. Ela cai e depois acaba socorrida pelo Corpo de Bombeiros.
Ela perdeu parte do dedo com a violência e um pouco de confiança no futuro: “Com certeza, se ele sair, vai me matar”, diz, apreensiva.
O suspeito de tentativa de homicídio, José Paulo da Silva Ribeiro, 29, está preso em Uruaçu (GO) desde terça-feira.
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A Polícia Civil investiga o crime e aposta que ele será indiciado por tentativa de feminicídio e roubo, já que tomou uma outra moto para fugir. José Paulo segue em prisão temporária, mas a ideia é de que ele seja convertida em definitiva – que abrange uma pena de até 20 anos.
De uma forma ou de outra, diz a doméstica agredida, ela pretende ir embora de Goiás para fugir do homem.
A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) aposta em um crime premeditado. Ou seja, o homem teve toido tempo do mundo para desisitir da ação, mas ainda assim o fez. O fato agrava ainda mais a possibilidade de pena.