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Acompanhado pelos pais em audiência, estudante que matou e feriu colegas a tiros se diz arrependido

O aluno de 14 anos, responsável pelo atentado no Colégio Goyases em Goiânia, prestou depoimento nesta sexta-feira (27/10), no Juizado da Infância e Juventude. O menino foi acompanhado pelos pais e de acordo com a advogada Rosângela Magalhães, o garoto se arrepende do crime. Durante a audiência, a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público de Goiás e o adolescente passará por avaliação psicológica.

O estudante começou a ser ouvido por volta das 10h da manhã e terminou somente às 12h30. A advogada da família terá que apresentar defesa escrita para a juíza até segunda-feira (30/10). Ela afirmou que tem até a próxima segunda-feira (30). Depois disso haverá nova audiência e na ocasião as testemunhas serão ouvidas.

Ao G1, Rosângela informou que os pais do jovem abraçaram o filho quando o avistaram no Juizado. Eles disseram à juíza que o filho não apresentava comportamento incomum. A defensora falou ainda sobre o abalo emocional da família.

"Para todos os familiares isso foi uma situação de extrema surpresa. O menino era um menino ajustado, que nunca houve nenhum tipo de reclamação ou algum fato passado que levasse a essa preocupação. Trata-se de uma família harmônica que sempre teve uma relação tranquila. Eles se abraçaram por um breve momento, porque tudo é muito corrido", comentou à imprensa.

A mãe do garoto tinha audiência marcada para a manhã desta sexta-feira na Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), mas não compareceu devido a seus compromissos com o Judiciário. O pai do aluno já tinha sido ouvido na última segunda-feira (23/10) e no momento disse que não tinha conhecimento que o filho sofria bullying.

O advogado André Bueno que defende a família de uma das vítimas, João Pedro Calembo, fez crítica ao não comparecimento da mãe do atirador. "É lamentável, a família das vítimas e a sociedade tem pressa de saber o que aconteceu, as motivações, todos os fatos que cercam esta tragédia. É muito ruim para a investigação adiar desta maneira", afirmou.

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