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Grupo cobra repasses para o Minha Casa Minha Vida durante protesto em Goiás

Foto:Reprodução/Paula Resende/G1


Construtores e operários se uniram em protesto contra a paralisação de repasses do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) do Governo Federal. A concentração começou por volta das 10h desta quinta-feira, 19, em frente à Superintendência da Caixa Econômica Federal, no Centro de Goiânia.

Segundo os organizadores da manifestação, cerca de mil pessoas participaram do ato. Já a Polícia Militar (PM), que acompanhou o protesto, não divulgou estimativas, mas informou que o ato foi pacífico e acabou por volta das 12h.

Reivindicações

Segundo a Associação dos Construtores do Estado de Goiás (Aceg), organizadora da manifestação na capital, o ato tem como objetivo sensibilizar o governo sobre o Programa MCMV e informou que a reivindicação é nacional.

Ao G1, o presidente da entidade, Delemond Dias Marques afirmou que a Caixa praticamente não fecha contratos há pelo menos dois meses.

Os construtores ainda pedem por uma gestão mais clara dentro da instituição financeira, a continuidade do programa e um plano emergencial para contratação imediata dos imóveis que estão parados aguardando contratação.

Além disso, a categoria aguarda um posicionamento sobre a falta de recurso por parte da Caixa Econômica Federal, bem como a prorrogação da validade dos laudos de avaliação dos imóveis que estão à espera de financiamento.

Outra solicitação é a criação de uma lista de espera das pessoas que estão com seu financiamento aprovado, mas não conseguem fazer a contratação do imóvel.

Marques explica que quando os clientes não conseguem os financiamentos, não conseguem comprar os imóveis e consequentemente, os construtores não podem iniciar novas obras.

Ele acrescenta que a paralisação dos repasses para a liberação do benefício pode resultar no fechamento de pequenas construtoras do país e milhares de trabalhadores ficarão desempregados.

Respostas

Através de nota, a Caixa Econômica Federal informou que a contratação do crédito imobiliário neste ano está cerca de 20% superior em relação ao mesmo período do ano passado.

No entanto, não especificou a quantia destinada exclusivamente a contratos do Programa Minha Casa Minha Vida.

O banco ainda ressalta que "considerando o ritmo de contratação, adotou a estratégia de execução mensal do orçamento para todas linhas de crédito imobiliário com objetivo de cumprir o orçamento anual disponível até dezembro. Quanto às modalidades de créditos que possuem orçamento segregado por estado, a Caixa esclarece que em alguns estados o orçamento esgotou, mas poderá ser retomado no mês de novembro".

O  Ministério das Cidades negou qualquer paralisação de recursos destinados ao programa e afirmou"que não há qualquer restrição à liberação, por parte da pasta, de recursos do FGTS para o Programa Minha Casa, Minha Vida. As informações de execução e o montante de recursos estão disponíveis no portal FGTS, abertos a qualquer cidadão".

Além disso, o ministério destacou que"todos os esforços na atual gestão têm sido no sentido de fortalecer o Minha Casa, Minha Vida, seja na retomada de contratações do Faixa 1, na retomada de obras paralisadas encontradas em maio de 2016, no pagamento em dia das faturas, no lançamento da Faixa 1,5 e na determinação de ampliação da margem de renda familiar nos financiamentos das Faixas 2 e 3 do Programa, entre outras medidas de conhecimento público", concluiu o texto.

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